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Afinal Panenka só deu nome, autor do mítico penálti foi outro e até Maradona elogiou

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Pavel Feberka terá sido o pioneiro a bater as grandes penalidades com estilo peculiar que perdura até aos dias de hoje. Cruzou-se com El Pibe nos Excursionistas de Buenos Aires

Há uma revelação que está a agitar os estudiosos do futebol. A revista Panenka, em homenagem a Antonin Panenka, publicou uma descoberta surpreende em relação ao penálti cobrado pelo checo na final do Campeonato da Europa, em 1976, na Jugoslávia, que se tornou mítico.

É revelado que não foi Panenka quem pensou naquela forma de marcar as grandes penalidades, mas sim um compatriota seu, que jogou com a camisa dos Excursionistas de Buenos Aires, Argentina, e até foi elogiado por Maradona.

Num vídeo apresentado pela referida revista, é pela voz do próprio Panenka que a verdade é divulgada com várias imagens do penálti como pano de fundo: «Em privado, digo-te: essa maneira de rematar foi vista por um companheiro de equipa do Bohemians no treino. Não sei se o nome de Pavel Feberka soa familiar…»

A história ganha contornos rocambolescos quando se pesquisa o percurso de Pavel Feberka. O jogador checo foi formado no Bohemians de Praga, mas apesar de seu talento, não conseguiu singrar no principal escalão. De caráter forte, entrou em conflito com o treinador Bohomil Musil e as oportunidades que poderia ter goraram-se de vez.

Em 1975 apareceu na Argentina um jogador europeu que se encaixa nas descrições de Feberka: alto, moreno, da Europa Oriental e de pernas arqueadas. Começou a jogar pelo Bajo Belgrano com o nome de Pablito Fabio e acabou por fazer alguns jogos amigáveis pelo Atlético Excursionistas, deixando todos encantados com o seu talento e pela forma diferente de bater os penáltis.

Num desses amigáveis, o Excursionistas defrontou o Cebollitas, clube onde jogava Maradona que, no final do jogo, teceu rasgados elogios a Pablito, a quem fez referência várias vezes ao longo da sua carreira: «Aquele rapaz que tinha um pé esquerdo melhor do que meu, mas nunca chegou à primeira divisão.»

Feberka ainda fez mais alguns jogos pelo Excursionistas, todos de caráter particular, e nas crónicas da época era relatado que nunca tinham visto nada parecido. Há até registou de que num amigável com o Talleres, de Córdoba, Feberka marcou dois hat tricks, um com o pé esquerdo e outro com o pé direito.

Contudo, tal como chegou misteriosamente à Argentina, Pablito Fabio, ou melhor, Pavel Feberka, desapareceu de um dia para o outro, sem deixar rasto, numa altura em que o nome começou a ser falado entre os grandes clubes que se preparavam para fazer observações àquele a quem diziam ser um craque.

Panenka é um nome incontornável do futebol, graças à forma peculiar como bateu aquele penálti em 1976, gesto que já foi replicado vezes sem conta, uns com sucesso, outros nem tanto. A Feberka perdeu-se o rasto e nem há registos fotográficos conhecido para que a sua imagem possa ser associada a esta revelação, feita pelo próprio Panenka a um possível herói que, afinal, é desconhecido.

Fonte: A Bola

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