África do Sul garante protecção a moçambicanos contra a operação Dudula

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A Embaixada da África do Sul em Maputo assegura que os moçambicanos a residir no território sul-africano terão protecção das autoridades locais contra ataques ligados à operação “Dudula”. O alto comissário Puleng Chaba afirma que o governo de Pretória vai responsabilizar criminalmente todos os envolvidos neste movimento, que nas últimas semanas tem protagonizado acções de expulsão de estrangeiros e restrições no acesso a serviços básicos.

Há três semanas, grupos de activistas e algumas comunidades locais têm levado a cabo a chamada “Operação Dudula”, que consiste em impedir estrangeiros,  entre os quais se destacam moçambicanos, de frequentar hospitais públicos e escolas, além de promoverem expulsões nos bairros periféricos.

Distanciando-se dessas práticas, Puleng Chaba frisou que o governo sul-africano não apoia nem encoraja a violência, considerando que os problemas sociais e económicos devem ser resolvidos por via do diálogo.

“O governo não apoia esse tipo de abordagem. Sempre fomos conhecidos como um governo que quer negociar e discutir problemas em uma tentativa de resolvê-los. Não encorajamos o crime, não encorajamos a violência, mas sim o cumprimento das leis”, declarou o diplomata.

O alto comissário sublinhou que todos os protagonistas da operação serão levados à barra da justiça e reiterou que as instituições estatais já foram mobilizadas para garantir estabilidade.

“O governo, com certeza, vai usar todo o seu poder para garantir que as pessoas envolvidas sejam responsabilizadas. O nosso objectivo é continuar a construir uma sociedade que lida com os problemas através de diálogo e negociações”, acrescentou.

Chaba garantiu igualmente que os moçambicanos e demais cidadãos estrangeiros terão a mesma protecção que os nacionais sul-africanos, apelando para que eventuais incidentes sejam imediatamente reportados às autoridades locais.

“Os moçambicanos, como todos os estrangeiros, serão protegidos pelas nossas agências estatais. Eles devem manter a calma e reportar as ocorrências”, disse.

Relativamente às denúncias de privação de acesso a serviços básicos, o diplomata assegurou que o governo mobilizou recursos para mitigar os impactos e garantir que as comunidades afectadas não fiquem desamparadas enquanto a situação é resolvida.

 

Fonte: O País

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