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Monday, October 6, 2025
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Agente da PRM envolvido em assaltos em Nacala

Resumo

Um agente da Polícia da República de Moçambique foi detido em Nacala, suspeito de participar num esquema de assaltos a armazéns com um grupo organizado. A cidade de Nacala, em Nampula, tem sido alvo de criminalidade direcionada a armazéns e agentes económicos. Um vídeo amador mostrou homens neutralizados, incluindo um agente da polícia ferido, que fazia parte de uma rede criminosa liderada por um indivíduo em investigação. O grupo contava com membros da polícia, segurança privada, técnicos em videovigilância, assaltantes e curandeiros. Os produtos roubados eram transportados para Nampula e vendidos por cúmplices. Sete suspeitos foram detidos, incluindo o agente infiltrado que revelou ligações criminosas com a polícia e o SERNIC. Os detidos serão ouvidos por um juiz para determinar medidas de coação.

Um agente da Polícia da República de Moçambique foi detido em Nacala no exacto momento que pretendia,alegadamente, protagonizar um assalto a um armazém, juntamente com outros indivíduos. O grupo é altamente organizado e envolve transportadores e vendedores do produto do crime.

A cidade de Nacala, na província de Nampula, volta a estar no centro das atenções, e, desta vez, devido à criminalidade que se vem registando com alvos bem identificados: armazéns e agentes económicos.

Na madrugada do dia 22 de Setembro, mais um assalto estava prestes a acontecer num dos armazéns. A pronta intervenção dos agentes de segurança privada impossibilitou a consumação do crime e a máscara caiu!

Um vídeo amador mostra homens neutralizados, com catanas e um cartão da polícia, no local onde pretendiam protagonizar mais um assalto. Um deles, que ficou ferido no pé, é um agente da polícia que desempenha funções de oficial de permanência no Comando Distrital da PRM em Nacala.

Ao que tudo indica, trata-se de um grupo com uma estrutura bem organizada.

No topo está um indivíduo até aqui em investigação. Trata-se de alguém que coordenava tudo com o oficial de permanência, que, por sua vez, tinha uma rede de membros de policiamento comunitário e um agente do SERNIC. O oficial de permanência tinha como operativo um homem conhecido por Idrisse, e este, por sua vez, contava com alguns agentes de segurança privada, um técnico para desactivar câmaras de videovigilância, um grupo de assaltantes e curandeiros que tratavam o grupo.

O produto do roubo era encaminhado a um homem identificado como Yahiri, que contava com os serviços de transporte de Ramane. Os produtos roubados eram recebidos e vendidos na cidade de Nampula por um indivíduo conhecido por Yala, agora foragido.

O que o grupo não sabia é que estava a ser investigado e até foram infiltrados alguns homens. Idrisse faz parte dos sete detidos no dia 22 de Setembro e revelou alguns integrantes do grupo.

O transportador dos produtos roubados confirmou que levava a mercadoria com frequência, de Nacala para a cidade de Nampula, mas diz que não sabia que se tratava de bens roubados.

Através de uma gravação em áudio, um dos infiltrados no grupo revelou informação que liga os criminosos com o oficial de permanência da polícia e um agente do SERNIC.

No referido áudio, o agente infiltrado diz que “estavam a planear para amanhã, mas o polícia cancelou. O polícia disse ‘amanhã, não’. Disse que ‘se esses estivessem de serviço seria hoje, porque haveria movimento’. Quando os polícias entram lá não entram fardados. Vão a civil”.

Segundo contou o agente infiltrado no referido áudio, cada um deles tinha um ponto onde se posicionava para melhor controlo. Por exemplo: “um fica na base a controlar o movimento, um fica nas bombas para controlar o movimento dos carros, o outro fica no Juma, o outro fica na fábrica de colchões, naquelas bombas, o outro fica na carpintaria a subir, o outro fica…está a ver na carpintaria tem aquele lugar onde entram carros onde vem escrito ‘Centro’, muitos então ficam naquela parte ali. Já essa do SERNIC começa a fazer rondas, de carro”, revela.

Os detidos serão ouvidos esta terça-feira por um juiz de instrução criminal que em função dos elementos probatórios que constam do auto de notícia do crime deverá determinar as medidas de coação, enquanto o processo estiver em investigação que pode ser a manutenção da prisão preventiva, enquanto o processo estiver em investigação.

Fonte: O País

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