A Air France-KLM confirmou a sua disposição para cumprir as exigências do Governo português na privatização da TAP Air Portugal, incluindo a preservação da marca, da rede de rotas e dos empregos locais. A posição foi expressa pelo CEO do grupo Ben Smith, durante uma conferência de imprensa sobre os resultados da companhia, realizada esta quinta-feira.
Segundo Smith, o grupo avançará com o projecto de aquisição caso o calendário e as condições sejam favoráveis, destacando que as conversações com o Governo português, realizadas na semana passada, foram positivas do ponto de vista político.
O interesse na privatização da TAP não se limita à Air France-KLM. A Lufthansa e a International Airlines Group (IAG), detentora da British Airways, também manifestaram intenção de participar no processo, que o Governo português pretende concretizar ainda este ano.
“As discussões que ocorreram na semana passada foram muito positivas do ponto de vista político. Existe um forte interesse nesta parceria, alinhado com as declarações públicas feitas pelo Presidente francês Emmanuel Macron”, afirmou Ben Smith.
Parceria estratégica, não fusão
O executivo da Air France-KLM sublinhou que a companhia pretende estabelecer uma parceria estratégica com a TAP, em vez de avançar para uma fusão total. O objectivo seria evitar um escrutínio mais rigoroso da Comissão Europeia, que tem adoptado uma postura crítica em relação a grandes aquisições no sector da aviação.
A Comissão tem alertado para o risco de que estas operações possam resultar em aumentos das tarifas aéreas para os consumidores, restringindo a concorrência. No entanto, Smith indicou que, até ao momento, o grupo franco-neerlandês não manteve conversações com a Comissão Europeia sobre a privatização da TAP.
Além do interesse na transportadora aérea portuguesa, a Air France-KLM foi convidada a integrar a joint venture transatlântica liderada pela United Airlines e pela Lufthansa, reforçando a sua posição no mercado de ligações de longo curso.
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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>A concretização da privatização da TAP permanece dependente das decisões do Governo português, sendo que o Executivo já manifestou a intenção de assegurar que o futuro proprietário respeite os interesses estratégicos do país, incluindo a manutenção do hub da TAP em Lisboa.
Fonte: O Económico