Por Alfredo Júnior
O presidente reeleito é quadro sénior da empresa Electricidade de Moçambique e foi nessa condição que foi indicado para dirigir o clube “canarinho” tendo sido confirmado presidente na eleição em que foi candidato único e que contou com a participação de apenas 37 sócios, num clube com cerca de sete mil inscritos, porém a maioria sem a sua situação regularizada.
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Após ser eleito, Banze definiu a prioridade para o próximo quadriénio 2025-2029 e os pilares para este mandato nos seguintes termos:
“O primeiro grande pilar de todos vai ser a valorização de todo o património, de todos os recursos que o clube tem, começando pelos recursos humanos, desde os colaboradores, os técnicos, os jogadores, profissionais da área de formação. Eles precisam ter o espaço de grande valorização porque são eles os primeiros fazedores do clube. A seguir, vamos apostar muito na coesão dos nossos sócios e vamos valorizar muito a comunicação entre as partes. A seguir, vamos pautar por uma gestão transparente, gestão sã. Vamos trabalhar com integridade de tal forma que todos os recursos do clube sirvam exactamente ao clube. Vamos trabalhar também na requalificação das nossas infra-estruturas. Temos que melhorar muito essa infraestrutura do Costa de Sol. Precisa ser requalificada, precisa ser melhorada, então isso faz parte do nosso manifesto. Por fim, e não menos importante, devolver o Costa de Sol às grandes conquistas. Essa é a meta que fomos dados pelos nossos associados”, explicou Banze.
POLíTICA DE RETENÇÃO DE JOGADORES
A direção “canarinha” quer voltar a colocar a equipa principal de futebol na rota dos títulos, tendo em conta que o Costa do Sol é o clube mais ganhador na modalidade, com um total de dez troféus de campeão nacional e 13 da Taça de Moçambique. E Banze diz que o clube não mais será a Machamba dos adversários.
“Vamos melhorar a nossa estratégia de formação do plantel. Esse é um grande objectivo que tem de existir aqui no grupo, na equipe, no clube. Temos de conservar sempre a espinha dorsal da equipa.Temos de fazer contratações de longo prazo, para que os treinadores tenham tempo de visão, de organizar o clube. Um treinador não pode ter só um ano de contrato e vai embora. Chega outro, muda jogadores. Então, o treinador precisa de tempo para poder constituir bem o seu plantel. Isso vai fazer parte de nós. Também vamos trabalhar para melhorar os incentivos, para que os nossos jogadores não abandonem ou não fujam para os nossos opositores. Normalmente a gente faz um plantel, mas os nossos opositores usam a nós como sendo sua machamba, fazendo a mais-valia do poder financeiro que eles têm. Então, nós também vamos competir nessa direção, de tal forma que a gente não perca os nossos melhores atletas a favor dos nossos adversários”, explicou o presidente reeleito dos “canarinhos”.
É PREMATURO AVALIAR TRABALHO DE CANDÉ
O presidente do Costa do Sol mantém a confiança no treinador Baciro Candé, apesar da eliminação na Taça de Moçambique e início titubeante no Moçambola 2025, porém a aposta continua em ganhar a prova.
“Nós, os desportistas, quando entramos no campo esperávamos três resultados. Infelizmente, fomos apanhar o resultado menos gostado, mas é um resultado possível que estava lá. Estávamos a jogar 11 contra 11 e pronto, acontece, é natural, aconteceu. Não nos contentou, não nos alegrou. O que nós prometemos fazer é nos redimir perante os nossos adeptos, perante a nossa massa associativa, perante os nossos patrocinadores. Vamos trabalhar para nos redimir”, prometeu.
Banze reiterou que a conquista do Moçambola ainda está como aposta principal da direção do Costa do Sol para este ano.
“Essa é a conta número um que nós fizemos. Nós não jogamos para acompanhar, nós jogamos para conquistar o título. Essa é a conta número um que está em cima da nossa mesa. E em relação a Bacinho Candé, dizer que é prematuro julgar o seu trabalho. Ele só fez muito poucos jogos. Vem apanhar a equipa que já existia, formada por outros treinadores. Outros que até chegaram a assinar contratos, mas na última hora desistiram, alegando outras questões sociais, etc. Então ele veio apanhar um plantel aqui. É natural, ele é novo. Os jogadores também são novos em relação a ele. É uma fase de adaptação. Aliás, há uma gíria popular que diz que as coisas devem ser bem vistas não como elas começam, mas assim como elas terminam. Nos aguarde para ver como vamos terminar”, disse Alberto Banze.
Perante o novo Presidente da Assembleia da Mesa da Assembleia Geral, Joaquim Ochim, sócio 7538, Presidente do Conselho de Administração da empresa Electricidade de Moçambique, Alberto Banze foi empossado minutos depois da sua eleição perante os sócios que o elegeram. Com algumas renovações, o seu elenco é praticamente o que já vinha dirigindo o clube, com Jeremias da Costa a assumir a vice-presidência desportiva, Xavier Chipanga continua a ser o responsável pelas Finanças e Luís Amado é o vice-presidente para os Negócios do Costa do Sol. (LANCEMZ)
EIS A LISTA DA DIRECÇÃO DO COSTA DO SOL
MESA DA ASSEMBLEIA GERAL
PRESIDENTE: Joaquim Ou-Chim
VICE-PRESIDENTE: Amade Ablouhahe
SECRETÁRIA: Elsa Prata
DIRECÇÃO EXECUTIVA
PRESIDENTE: Alberto Rafael Banze
VICE-PRESIDENTE ÁREA DESPORTIVA: Jeremias da Costa
VICE-PRESIDENTE FINANÇAS: Xavier Tomás Chipanga
VICE-PRESIDENTE NEGÓCIOS: Luís Amado
DIRECTOR DAS MODALIDADES: Rui Chelene
VOGAL DOS SISTEMAS INFORMÁTICOS: José Bento
VOGAL SÓCIOS E SIMPATIZANTES: João David Muthobene
VOGAL SUPLENTE: Tomasia Maria Amélia Bié
VOGAL SUPLENTE: Natalino Magaia
Fonte: Lance
