Cerca de 4.000 membros do ANC, partido no poder na África do Sul, vão durante seis dias procurar soluções para questões como a chamada “transformação económica radical” e a reforma agrária.
O ANC quer aproveitar esta reunião de quadros para se “corrigir”, garantiu na quinta-feira à comunicação social o seu secretário-geral, Gwede Mantashe, citado pela agência France-Presse. “O crescimento económico, a transformação social radical, a reforma da terra, a luta contra a criminalidade (…) constituem as prioridades da nossa reunião”, enumerou.
“Mas, sobretudo, esta reunião será a ocasião para nos corrigirmos”, acrescentou.
Aliás, foi essa a tónica da intervenção de Zuma na abertura da conferência que decorre em Joanesburgo.
O presidente do ANC convocou o partido para se purificar de todas as “tendências negativas” que actualmente rodeiam a organização.
“Essas tendências – que foram delineadas anteriormente – incluem o clientelismo, a corrupção, o facciosismo e o abuso de poder (…) “, disse Zuma.
LUTA PELA LIDERANÇA
Para o líder do ANC, o partido precisa resolver as suas dificuldades e continuar com a sua missão de transformar a África do Sul e construir uma vida melhor para todos.
Ainda que a conferência apenas deva debater a sua linha política programática, a luta pela liderança do ANC estará na cabeça de todos os delegados presentes.
O partido deverá escolher em Dezembro próximo o sucessor de Zuma na sua liderança, que se tornará chefe de Estado em caso de vitória do ANC nas eleições gerais de 2019.
Os dois principais pretendentes à liderança do ANC são o seu actual vice-presidente, Cyril Ramaphosa, visto como moderado e o preferido do mundo empresarial, e a antiga líder da União Africana (UA) e ex-mulher de Jacob Zuma, Nkosazana Dlamini-Zuma. – TIMESLIVE/DW/LUSA
Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/internacional/69068-anc-em-conferencia-para-definir-o-futuro.html