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«As pessoas esquecem-se da minha idade, a ideia era ficar no FC Porto»

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Ao fim de 18 jogos em Espanha, pelo Las Palmas, Fábio Silva acumula sete golos e duas assistências, vivendo a melhor época desde o empréstimo ao Anderlecht, na primeira metade de 2022/23 – com 11 golos e três assistências em 32 encontros.

Vinculado ao Wolverhampton desde 2020, o ponta de lança português, de 22 anos, vive sucessivos empréstimos, pelo que já passou, além de Bélgica e Espanha, por PSV e Rangers.

Formado entre Benfica e FC Porto, o avançado ajudou os dragões à conquista da Youth League (2019) e deixou a Invicta a troco de 40 milhões de euros, uma verba que acarretou pressão em Inglaterra. Até porque se tratou de um valor recorde para o Wolves.

«As pessoas esquecem-se da minha idade pelo valor da transferência. As pessoas julgam que tenho 25 ou 26 anos. Não, tenho apenas 22. A ideia era ficar dois ou três anos no FC Porto. Mas, naquele momento, não pude impedir a transferência.»

«Tive de melhorar de forma rápida no Wolves. Foi difícil porque o contexto era diferente, não recebia a bola, então o plano passava pelo contra-ataque. Por vezes passavam-me, para segurar, mas não era forte. E coloquei muita pressão sobre mim.»

«Cheguei com 18 anos à melhor Liga do Mundo. Não tive tempo para errar», explicou, em entrevista ao Athletic.

Entre 2020 e 2022, Fábio Silva trabalhou com Bruno Lage e Nuno Espírito Santo, guardando agradecimentos para o treinador do Nottingham Forest.

«Foi um ano muito bom. Foi honesto desde o primeiro dia e explicou que eu deveria esperar por uma oportunidade. Ele sabia que eu era jovem e estava longe da minha família, num país diferente. Ele sempre teve esse cuidado, então foi um treinador especial. Estou feliz pela época que o Nuno está a realizar pelo Nottingham. É uma pessoa muito boa», recordou.

Ainda assim, em duas épocas, o avançado acumulou somente quatro golos e seis assistências em 62 jogos.

«Se não estás bem psicologicamente, o corpo não vai corresponder, então comecei a trabalhar essa vertente, enquanto recorri a um nutricionista e a um “personal trainer”. Por vezes é importante ficar sozinho. Agora sou mais homem e mais maduro», rematou.

Face aos meses bem aproveitados pelo Anderlecht, PSV – onde conquistou a Taça dos Países Baixos – Rangers e Las Palmas, o português ajustou a pressão exercida sobre si.

«Gosto de apreciar as pequenas coisas. Tenho de viver no presente. E agora não leio nada, sabendo o que posso dar à equipa», prosseguiu.

Na presente temporada, pelo Las Palmas, Fábio Silva marcou a Vilarreal, Valência, Rayo Vallecano, Maiorca, Barcelona, Real Madrid e Girona: «Sonhas jogar contra estas equipas, então marcar naqueles estádios, contra aqueles jogadores, e com a minha família presente, foi algo especial».

Esta fase despertou o interesse de clubes como o Atlético de Madrid.

«O meu foco está no Las Palmas, lutando pela manutenção. O Atlético é um dos melhores clubes. E Simeone é um dos melhores treinadores do Mundo. Mas, estou feliz no Las Palmas. Tenho uma excelente relação com todos e sou apreciado, algo que procurava. Fui acolhido e as ideias da equipa adequam-se ao meu estilo de jogo.»

«Em Espanha há o cuidado de estudar a Liga da Bélgica, Escócia e Países Baixos. No Rangers e PSV joguei em posições diferentes. O campeonato escocês é mais físico, um aspeto no qual me sinto confortável, ajudando a equipa sem bola», explicou.

Por fim, sobre a estreia pela Seleção Nacional, a 18 de novembro, na Liga das Nações, Fábio Silva revelou a emoção.

«Quando jogámos contra a Croácia, estávamos a sair para o aquecimento e pensei: “Finalmente estou aqui”. Estou orgulhoso pela minha resiliência e paciência. É o sonho de qualquer criança», terminou.

Fonte: Mais Futebol

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