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Atividades Retomadas na Reserva Especial do Niassa Após Ataques Armados

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FOTO: Diário Económico

Por: Alfredo Júnior

As atividades de conservação e turismo cinegético na Reserva Especial do Niassa estão gradualmente a regressar à normalidade, após os ataques armados registados entre abril e maio deste ano. A Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) assegura que há uma tendência positiva na estabilização da situação de segurança na região.

Durante os meses críticos, vários operadores interromperam as suas operações e alguns projetos de conservação suspenderam as suas atividades devido à presença de grupos armados associados à insurgência que afecta o norte de Moçambique. No entanto, informações recentes confirmam que os insurgentes abandonaram a área, permitindo a retoma dos trabalhos no terreno.

O ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, afirmou que a situação se encontra controlada e que as Forças de Defesa e Segurança continuam atentas a qualquer movimentação suspeita. “Há um esforço coordenado para garantir que a paz seja mantida e que a população e os operadores possam exercer as suas atividades em segurança”, declarou o governante.

Um dos principais projetos de conservação da reserva, o Niassa Lion Project, já retomou as suas operações. A equipa, que perdeu quatro colaboradores durante os ataques, regressou ao terreno a 15 de junho. Apesar dos danos materiais e do trauma vivido, os técnicos relatam que várias espécies continuam presentes, incluindo elefantes, leões e búfalos.

A Reserva Especial do Niassa é uma das maiores áreas protegidas de África, com cerca de 42 mil quilómetros quadrados. É considerada vital para a conservação da biodiversidade e um dos principais destinos de ecoturismo do país.

A ANAC reforça o apelo à colaboração entre comunidades locais, operadores e forças de segurança para preservar os avanços alcançados e garantir que o regresso à normalidade seja sustentável. Apesar da retoma das atividades, reconhece-se que os impactos dos ataques ainda se farão sentir a médio prazo, tanto no ecossistema como na confiança dos investidores e turistas.

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