O treinador do Boavista reconheceu este domingo que eventuais propostas de outros clubes pelos principais jogadores do Boavista, impedido de inscrever novos atletas há cinco janelas de transferências, podem dificultar a gestão da equipa, mas que não é apenas um problema que atinja o Boavista, não sendo por isso o maior desafio da equipa da cidade do Porto.
«Isso vale para todas as equipas nesta altura e não é só sobre o Boavista. Janeiro é um mês difícil para qualquer treinador gerir as situações de saídas e outras propostas. Por isso, é uma coisa normal», afirmou Cristiano Bacci em conferência de imprensa.
O Boavista enfrenta a necessidade de vender jogadores para saldar dívidas a credores e aliviar as restrições impostas pela FIFA. Entre os nomes visados está o lateral esquerdo nigeriano Bruno Onyemaechi, alvo de interesse de clubes estrangeiros desde a reabertura do mercado. Com sete jogos consecutivos sem vencer e duas derrotas seguidas, os axadrezados caíram para a última posição na jornada anterior, após perderem em casa contra o então lanterna-vermelha Arouca (1-3), com todos os golos adversários marcados nos períodos de compensação.
«Tirando as partidas frente a FC Porto e Benfica, o Boavista acabou sempre em cima do adversário. Apesar da situação negativa, abordámos os finais dos encontros de maneira proativa», avaliou Bacci, reforçando a ideia.
Este desempenho só encontra paralelo inferior na época 2015/16, quando, com 10 pontos em 17 jornadas, o Boavista ocupava o 17.º lugar entre os 18 clubes da Liga.
«O que falta ao Boavista são os pontos. Pode ser uma resposta fácil de dar, mas é assim: temos de somar mais pontos. Há que ser mais concretos em frente à baliza adversária e na segunda-feira temos uma oportunidade para explorar nesse sentido», sublinhou.
A jogar em casa, o Boavista não vence há 12 jogos e 10 meses, tendo somado três empates e cinco derrotas na primeira volta, com apenas dois golos marcados e 12 sofridos.
«A equipa é formada por muitos jovens, que podem, como é normal, sentir pressão numa situação complicada, mas tenho pouco a dizer sobre as exibições, porque perdemos em pormenores. Seja qual tivesse sido o resultado, as prestações foram sempre positivas», assegurou Cristiano Bacci.
O clube encontra-se a quatro pontos da zona de manutenção automática e a três da vaga de play-off, começando a segunda metade do campeonato frente ao Casa Pia, um dos dois adversários que conseguiu derrotar na época. Contudo, a equipa lisboeta está invicta nas últimas cinco jornadas.
«Os jogos são todos diferentes e ainda por cima passou muito tempo desde a vitória por 1-0 na primeira volta, em Rio Maior. Olha-se agora para a tabela e o Casa Pia é uma das melhores equipas do campeonato. Vai ser um jogo difícil. O adversário joga bom futebol e tem boas opções, mas estamos preparados e temos de pensar pela positiva», afirmou o técnico.
Neste sentido, o Boavista, último classificado com 12 pontos, recebe o Casa Pia, sétimo com 24, na segunda-feira, às 20h15, no Estádio do Bessa, no Porto. A partida, que encerra a 18.ª jornada da Liga, será arbitrada por Pedro Ramalho, da associação de Évora.
Fonte: Mais Futebol