Início Desporto Benfica-Famalicão, 4-0 (crónica)

Benfica-Famalicão, 4-0 (crónica)

0

Havia duas formas distintas de olhar para o Benfica-Famalicão.

A do copo meio-cheio, à qual os encarnados se agarravam para um regresso à Liga revigorados pela conquista da Taça da Liga e pelo apuramento na Taça de Portugal.

E a do copo meio-vazio, à prova até da recuperação evidente da equipa de Bruno Lage. É que o jogo desta noite vinha no seguimento de duas derrotas seguidas para o campeonato.

No quarto encontro numa janela de dez dias, o Benfica começou a encher cedo o que faltava do copo. Leandro Barreiro não só fez o 1-0 aos 12 minutos como, na noite em que não só se estreou a marcar como assinou um hat-trick.

Face ao regresso esperado de Kökcü ao onze, a presença do médio luxemburguês na equipa era uma das dúvidas, mas o técnico dos encarnados manteve-o no onze, deixando Aursnes no banco pela primeira vez quatro meses depois.

O Benfica não teve Di María – em recuperação para uma batalha muito mais dura marcada para a próxima – mas viveu bem sem o seu maior virtuoso. Porque, além do enorme jogo de Leandro Barreiro, teve novamente Schjelderup num nível elevado (duas assistências), Kökcü em grande nível e um quarteto defensivo que permitiu que Trubin tivesse uma das noites mais descansadas desde que chegou à Luz há um ano e meio.

O Famalicão que derrotou o Benfica no arranque do campeonato e precipitou o fim de Roger Schmidt ao leme das águias não se viu no Estádio da Luz, nem nos momentos em que os homens de Bruno Lage baixaram o ritmo do jogo.

O 2-0 aos 36 minutos – bis de Leandro Barreiro – surgiu em que a equipa da casa deixara de pressionar alto e permitia que o adversário circulasse mais tempo a bola no meio-campo ofensivo, ainda que sem conseguir criar perigo.

A vantagem confortável ao intervalo e a pouca reação do adversário permitiram às águias arrancarem para um resto de jogo confortável, mas não antes sem um sinal de aviso dos minhotos, que estiveram próximos de reduzir pouco antes da hora de jogo quando o resultado ainda era de 2-0 e Sorriso atirou ao lado do poste direito.

Foi um raro momento de uma equipa inofensiva e que ainda acalentava ténues esperanças de sair da Luz com algo, mas só por culpa da falta de eficácia de Pavlidis e do guarda-redes Carevic, incapaz depois de travar o 3-0 de Barreiro, servido pela segunda vez por Schjelderup.

A missão da águia estava cumprida e foi depois disso que Bruno Lage promoveu substituições, naturalmente também a pensar no jogo da Champions que aí vem e que pode valer ou adiar a passagem à próxima fase da prova.

Ainda assim, as entradas de novas unidades – João Rego e Bajrami, inclusive – não retiraram pujança à equipa. Tanto que o 4-0 de Kökcü, aos 81 minutos, nasceu de uma arrancada do jovem extremo pela direita.

Depois da vitória na Taça da Liga, do apuramento na Taça de Portugal, o Benfica volta aos triunfos na Liga, numa noite em que mostrou sinais de vitalidade que só a consistência (ou a falta dela) no tempo dirá se são, ou não, manifestamente exagerados.

Como o tal copo mais cheio.

Fonte: Mais Futebol

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, digite seu nome aqui
Por favor digite seu comentário!

Exit mobile version