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p class=”summary”>Treinador do Benfica em conferência de imprensa após o apuramento para os oitavos de final da Champions
O Benfica empatou com o Mónaco na Luz (3-3), mas segue para os oitavos de final da UEFA Champions League, graças à vitória no Principado na primeira mão da eliminatória. Na conferência de imprensa, Lage assumiu a satisfação pelo objetivo alcançado pelas águias.
O que fez a diferença para o Benfica garantir o apuramento?
Foi um grande jogo de futebol, mais um contra um Mónaco. Os três jogos com eles foram assim, com muitas oportunidades para os dois lados, e agora saímos com o objetivo cumprido. Estamos muito felizes por termos conserguido o apuramento, frente a um grande adversário. Estamos a jogar a Champions, sabemos a qualidade dos adversários, mas o mais importante é que senti sempre que fomos a melhor equipa, no conjunto da eliminatória, e merecemos seguir em frente.
O Benfica sentiu muitas dificuldades para travar o Mónaco. O que pretendeu com as substituições?
O Mónaco teve momentos de grande qualidade, principalmente depois do primeiro golo deles. Nós chegámos à vantagem com uma boa pressão, mas eles são muito fortes no jogo interior. Provocaram-nos sempre problemas, porque tem muita gente por dentro. Tentámos corrigir ao intervalo e fechar o jogo interior, sem ir para uma linha de cinco, mas com o Akturkoglu e o Scjhelderup a fecharem o espaço interior, com os laterais à largura. Com o segundo golo sofrido, a entrada do Dahl e do Amdouni foi para mudarmos a nossa pressão e forma de jogar. Mas o que foi preponderante, foi ter mais calma com bola na segunda parte e criar as nossas oportunidades para marcar os nossos golos e seguir em frente.
Concorda com o treinador do Mónaco, que disse que o Benfica teve sorte em apurar-se?
Essa tem sido a minha sina: eu quando ganho tenho sempre sorte.
Disse que a sua sina é que digam que tem sorte quando ganha. Quem diz isso?
O treinador adversário acabou de o dizer. Já nos defrontámos várias vezes, esta época foram três e tivemos sempre resultados positivos. Mas no total, já fiz cinco jogos contra equipas dele e há sempre, ou tem queixas dos árbitros, ou sorte do treinador. Já foi assim quando era treinador do Eintracht Frankfurt. Nessa eliminatória, tivemos um resultado muito bom e depois um erro grosseiro do árbitro no jogo lá. E não ouviram falar do árbitro como se ouviu agora nestas duas semanas.
O Benfica quase comprometeu o apuramento. Ficou contente com o empate?
Eu entendo a questão, mas estamos a jogar na Liga dos Campeões. Nós vencemos fora e empatámos em casa. Entre as equipas que jogaram hoje e as de amanhã, vamos ver quantas equipas vão ter um registo positivo em casa e fora, que lhes permita seguir em frente. Acabei de ver o Brugges a fazer um resultado fantástico [vitória por 3-1 em casa da Atalanta]… Infelizmente, o Sérgio Conceição e o João Félix foram eliminados a jogar em casa. Estamos a jogar a Champions e são jogos muito difíceis. Acabámos de defrontar uma equipa com enorme qualidade, e cumprimos o objetivo, que era o mais importante.
O Trubin fez muito boas defesas, mas também fica ligado aos golos sofridos. Preocupa-o a instabilidade exibicional do guarda-redes?
Não, não preocupa. Para a bola chegar ao momento em que ele tem de decidir, a bola passa por 10 jogadores. Tentar individualizar não é importante. Importante é olhar para o que fizemos. Jogamos muito bem contra uma linha de cinco e agora temos mais um jogo para ver e analisar, para melhorar com os jogadores que temos disponíveis.
A que se propõe o Benfica nesta prova daqui para a frente?
Agora temos de recuperar o mais depressa possível a equipa. Vamos jogar com o Boavista para o campeonato, com um treinador novo e sete ou oito caras novas. O possível adversário na Champions sairá entre Liverpool e Barcelona: temos de nos preparar bem. Já conhecemos o Barcelona, que defrontámos esta época. O meu passado também me permite dizer que conheço o que é jogar contra o Liverpool. Mas antes temos o Boavista e depois um jogo muito importante contra o SC Braga, na Taça.
Fonte: A Bola