A Electricidade de Moçambique (EDM) anunciou a aprovação de um financiamento de 131 milhões de dólares norte-americanos por parte do Banco Mundial para a implementação do Projecto ASCENT – Acelerando a Transformação do Acesso à Energia Limpa e Sustentável. Esta iniciativa corresponde à terceira fase do programa “Energia para Todos”, com o objectivo de garantir o acesso universal à electricidade até 2030.
O montante aprovado será disponibilizado através da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), braço do Banco Mundial para países de baixo rendimento, em estreita colaboração com o Governo de Moçambique. Dos 131 milhões de dólares, cerca de 117 milhões estão alocados à EDM, enquanto o restante será gerido pelo Fundo Nacional de Energia (FUNAE) e pelo Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME).
A EDM, que lidera a componente de implementação em rede, será responsável pela ligação de 146 mil novos clientes à Rede Eléctrica Nacional, beneficiando directamente cerca de 700 mil pessoas em seis províncias: Maputo, Sofala, Manica, Tete, Zambézia e Nampula. Esta fase prevê a construção de 3.300 km de rede de baixa tensão, 2.200 km de rede de média tensão e a instalação de 2.200 transformadores.
Início da implementação previsto para 2026
O financiamento cobre o período de 2025 a 2030, e a EDM informa que a execução física das obras deverá arrancar em 2026, após a conclusão dos processos de contratação pública e recepção dos primeiros materiais. A fase preparatória já se encontra em curso.
Segundo a EDM, o Projecto ASCENT assume um papel estratégico na promoção da industrialização, da inclusão social e do desenvolvimento económico, através do alargamento do acesso à energia eléctrica moderna, fiável e sustentável.
Meta de acesso universal até 2030
A EDM reafirma o seu compromisso com o alcance da meta nacional de acesso universal à energia até 2030, conforme estabelecido no Plano Quinquenal do Governo. A empresa, criada em 1977, é o braço operacional do Estado no sector energético, assegurando a produção, transporte, distribuição e comercialização de energia eléctrica.
Este financiamento representa um passo significativo na consolidação da rede eléctrica nacional, proporcionando condições para uma cobertura mais alargada e sustentável, sobretudo nas zonas periurbanas e rurais do país, onde o défice de electrificação ainda é elevado.
Fonte: O Económico
