Ex-presidente do Ericeirense em greve de fome por dívida do clube

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Relvado e baliza

António Mano Silva, antigo presidente do Grupo Desportivo União Ericeirense, iniciou esta quarta-feira uma greve de fome por tempo indeterminado. As causas do protesto estão relacionadas com alegadas dívidas que o clube do concelho de Mafra tem para com o ex-presidente, contudo, o clube alega falta de provas.

«Iniciei uma greve de fome por tempo indeterminado em protesto contra os dirigentes do clube, que recebeu 2,3 milhões de euros pela transferência do atleta Matheus Nunes do Sporting para o Manchester City e recusa pagar o que o clube me deve», referiu António Mano Silva à agência Lusa.

Segundo o antigo dirigente, nos anos em que foi presidente do Ericeirense, entre 2001 e 2015, realizou empréstimos bancários que o clube contraiu para a construção do complexo desportivo.

Em virtude de não conseguir receita suficiente para pagar o financiamento, viu o seu património pessoal, avaliado em mais de seis milhões de euros, ser penhorado.

Mano Silva contou também que, no ano de 2015, a então direção do clube «recebeu e validou toda a documentação» comprovativa das dívidas, nomeando-o ainda como seu representante num negócio da venda do atual campo de futebol por 4,5 milhões de euros, «para liquidação das dívidas».

Em 2023, já com uma nova direção, o clube do concelho de Mafra recebeu cerca de 2,3 milhões de euros da transferência de Matheus Nunes do Sporting para o Manchester City.

A atual direção do clube recusou «qualquer entendimento entre o clube» e António Mano Silva, que acusa a direção de «falsificarem as contas» para ocultar a dívida do clube para consigo.

O ex-dirigente foi despejado de sua casa em 2024, o único património que lhe restava, e vive, atualmente, numa situação de «sem-abrigo».

Questionado pela agência Lusa, o Grupo Desportivo União Ericeirense afirma que «promoveu diversas tentativas para que António Mano Silva concretizasse o valor supostamente em dívida por ele reclamado, assim como das circunstâncias em que esse crédito emergiu».

«Interpelado, mais do que uma vez, para apresentar os elementos a comprovar o mencionado crédito, nunca logrou provar documental e contabilisticamente donde emergia o seu crédito», adiantou o clube.

Desta forma, «não pode proceder a qualquer pagamento», incitando o ex-dirigente a recorrer aos tribunais para resolver o litígio.

Esta não é a primeira vez que António Malo Silva entra em greve de fome. Em 2009, fez uma durante vários dias para pedir ao Governo e à Câmara Municipal de Mafra, que «foram parte dos problemas» do clube, que fossem «parte da solução».

O então dirigente acusava o município de Mafra de não ter autorizado a instalação de uma superfície comercial em terrenos anexos ao estádio para que o clube conseguisse pagar as dívidas e gerar receitas.

Fonte: Mais Futebol

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