O Benfica voltou a vencer no principado e o Monaco voltou a acabar com dez, mas este jogo teve muito pouco a ver com o jogo de novembro, até porque, Di Maria, protagonista no primeiro jogo, começou no banco, ainda foi chamado à contenda, mais saiu lesionado. A equipa de Bruno Lage vence com um golo solitário de Pavlidis, sem contestação, mas ficou a ideia clara que podia ter resolvido o play-off já esta quarta-feira.
A verdade é que, depois de uma primeira parte muito equilibrada, o Benfica chegou cedo à vantagem no segundo tempo e, logo a seguir, o Monaco ficou reduzido a dez, por expulsão de Al Musrati, mas, apesar das muitas oportunidades, o Benfica não conseguiu voltar a marcar diante de um adversário que chegou a estar completamente perdido em campo.
Duas equipas que já se conheciam bem, depois de se terem estudado, no final de novembro do ano passado, quando se defrontaram na primeira fase da Champions, num jogo marcado por uma reviravolta do Benfica nos instantes finais do jogo, com duas assistências de Ángel Di María que, desta vez, começou no banco de suplentes.
Adi Hutter e Bruno Lage procuraram, assim, surpreender o adversário logo de início, desta vez, com um futebol vertical, procurando ganhar metros no terreno e chegar rápido à área contrária. Duas estratégias em quase tudo idênticas que acabaram por chocar de frente, com as duas equipas a perderem facilmente a bola, acabando por não conseguir profundidade, nem oportunidades evidentes de golo.
O Benfica procurava fazer a bola chegar rápido a Akturkoglu, Kokçu e Schjelderup, no apoio direto a Pavlidis, com bolas longas, mas a equipa da casa fazia praticamente o mesmo, com passes pelo corredor central para Golovin, Akliouche e Embolo, mas também com uma eficácia muito reduzida. Tivemos, assim, uma primeira parte co uma espécie de ping-pong, com bola lá, bola cá, mas com escassas oportunidades.
Uma primeira parte em que o Monaco usufruiu de dois pontapés de canto e apenas uma oportunidade evidente, num remate de Akliouche para fgrande defesa de Trubin, enquanto o Benfica beneficiou do primeiro canto já em tempo de compensação, num período de três minutos em que construiu também as duas melhores oportunidades nestes primeiros 45 minutos. Primeiro com Pavlidis a trabalhar bem e a servir Carreras, logo a seguir, na sequência do tal canto, num remate de Akturkoglu que António Silva tentou desviar de calcanhar.
Benfica muda e o Monaco desmorona-se
O Benfica regressou transfigurado para o segundo tempo, a fazer circular a bola e, em dois tempos, chegou ao golo que esteve sempre tão distante na primeira parte. Um lance tão simples, como eficaz, com a bola a sair pelos pés de António Silva, pela direita, para Tomás Araújo que, sobre a linha central, lançou na profundidade para Pavlidis que, em luta com Vanderson, ganhou a frente ao brasileiro, antes de picar a bola sobre Majecki. Tão fácil.
Um grande golo do grego a desembrulhar o jogo, num início de segunda parte que deixou o Monaco em fanicos, até porque, logo a seguir, Al Musrati foi expulso de forma caricata. O antigo jogador do Sp. Braga dirigiu-se ao árbitro para pedir um segundo cartão amarelo para Alvaro Carreras, mas foi ele próprio que acabou por ver um segundo amarelo e, consequentemente, acabou expulso.
Em apenas sete minutos, o Benfica adiantava-se no marcador e, tal como no primeiro jogo, ficava em vantagem numérica em campo. Adi Hutter bem tentou recuperar a sua equipa, com uma série de alterações, mas a verdade é que o Monaco estava cada vez mais desequilibrado em campo. Bruno Lage percebeu isso e lançou primeiro Di María e, pouco depois, também Amdouni e Belotti à procura de um segundo golo que oferecesse ainda maior tranquilidade para o jogo da Luz.
O Benfica foi criando oportunidades atrás de oportunidades, diante de um Monaco que acumulava amarelos e, além de Al Musrati, perdeu também Vanderson e Zakaria para o segundo jogo.
A equipa da Luz não só não marcou, como viu Di María cair no relvado e a levar as mãos ao rosto, com queixas na coxa esquerda. Um forte revés para a equipa de Bruno Lage que, apesar de tudo, acabou o jogo a dar tudo à procura de mais um golo, numa frente de ataque renovada, com Amdouni, Arthur Cabral e Belotti bem no interior da área monegasca.
O Benfica garante, assim, uma vantagem curta para o segundo jogo, mas, a jogar em casa, tem tudo para ultrapassar este play-off e chegar aos oitavos de final da Liga dos Campeões.
Fonte: Mais Futebol