O Presidente da República, Daniel Chapo, exigiu, este domingo, a criação de uma entidade de gestão eficiente e um plano director para a flexibilização das operações no Porto da Beira. Chapo defendeu, na ocasião, que o processo de descongestionamento no acesso directo à infraestrutura não passa apenas pela construção de uma nova via. Daniel Chapo fez estes pronunciamentos durante a visita que efectuou, este domingo, ao Porto da Beira.
O Chefe de Estado entende que o lançamento, na passada sexta-feira, da primeira pedra para a construção da estrada que dá acesso directo ao Porto da Beira não irá resolver o problema, imediatamente, das longas filas que chegam a atingir um percurso de 15km. “Temos que continuar a investir, mesmo dentro do Porto da Beira porque há problemas relacionados com combustível, há problemas relacionados com a carga geral.
Daí que a conclusão a que chegamos é que precisaremos fazer um plano director de desenvolvimento do Porto da Beira. Estamos a equacionar a possibilidade da criação de uma entidade que possa criar disciplina no Porto da Beira”, frisou Chapo.
Chapo exigiu que, acima de tudo, haja maior disciplina na infraestrutura porque, agora, as acções não são coordenadas. “Quando falo de disciplina é porque há concessões, há várias entidades que vão fazendo investimentos, como se diz na gíria, cada um à sua maneira.
E isso acaba não resolvendo o problema que é a necessidade de eficiência do Porto da Beira. E como é do conhecimento, nós visitamos os países do interland, da região e todos reclamaram sobre a eficiência do Porto da Beira” Uma das apostas para a eficiência da infraestrutura é a construção de um porto seco, no distrito de Dondo. Esta será, segundo as previsões e expectativas, um centro de referência ao nível da região austral.
Daniel Chapo garantiu que já há um trabalho tendo em vista a melhoria dos problemas de congestionamento nas fronteiras de Machipanda, Ressano Garcia e Kassacatiza. Chapo foi convidado especial da cerimónia de apresentação de dois novos guindastes adquiridos pela Corneleder Moçambique, gestora da infraestrutura que destacou os investimentos que têm sido feitos para dinamizar o Porto da Beira. “Vamos ter que sentar com o sector privado que é quem mais sofre com este problema. Falamos da criação de uma autoridade gestora”, precisou.
Outrossim, Chapo recebeu uma informação detalhada sobre o terminal de ppetróleo , um investimento da Empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM).
Fonte: O País