O choque foi descrito por testemunhas como “extremamente violento”, deixando a minibus praticamente destruída e espalhando destroços pela via. Entre as vítimas mortais estão o motorista da minibus e uma passageira que seguia no interior. Os feridos foram de imediato evacuados para a unidade sanitária local, enquanto os corpos deram entrada na morgue do Hospital Distrital de Massinga. Durante várias horas, o trânsito esteve condicionado naquela via, provocando longas filas de viaturas, mas a circulação foi restabelecida ainda durante a noite.
“Foi uma cena terrível. O impacto foi tão forte que parecia um estrondo de explosão. Quando corremos para o local, vimos pessoas presas entre os destroços, algumas a gritar por socorro. Tentámos ajudar, mas a situação estava complicada. Felizmente, a polícia e os socorristas chegaram pouco tempo depois”, contou João Mate, um dos moradores da zona de Mahocha que assistiu ao resgate.
Outra testemunha, Maria Ernesto, descreveu o momento em que percebeu a gravidade da situação. “A minibus vinha cheia de passageiros. Vi mães com crianças ao colo a chorarem desesperadas, algumas pessoas deitadas no chão sem se mexer. Foi uma dor que não se explica. Só espero que os feridos consigam sobreviver”, disse, ainda visivelmente abalada.
As autoridades locais confirmaram que, entre os onze feridos, alguns estão em estado grave e continuam sob cuidados intensivos no Hospital Distrital de Massinga. A Polícia de Trânsito esteve no local para iniciar a perícia e apurar as causas exatas do acidente, embora testemunhas apontem o excesso de velocidade como uma das possíveis razões para o choque frontal.
Um agente da Polícia de Trânsito em serviço naquela zona, que preferiu não ser identificado, explicou que a ponte onde ocorreu o acidente é considerada crítica por ser estreita e devido ao fluxo intenso de veículos que circulam diariamente pela EN1. “Infelizmente, esta não é a primeira vez que registamos acidentes graves aqui. É uma zona perigosa e os motoristas deviam redobrar a atenção. O excesso de velocidade e a ultrapassagem irregular continuam a ser as maiores causas destes desastres”, sublinhou.
O Hospital Distrital de Massinga confirmou ter recebido todos os feridos e garantiu que equipas médicas adicionais foram mobilizadas para dar resposta à situação. “Estamos a fazer todos os esforços possíveis para salvar vidas. Alguns dos feridos chegaram em estado crítico, mas estamos a estabilizá-los.
Fonte: O País