Cidade Petroquímica Nacional, um investimento privado de US$ dois mil milhões nasce em Mavanza com promessa de empregos, industrialização e reconversão económica

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Foi oficialmente lançado quinta-feira, 17/04, em Mavanza, distrito de Vilankulo, o ambicioso projecto da Cidade Petroquímica Nacional, um dos maiores empreendimentos industriais de sempre em Moçambique. Com investimento inicial estimado em dois mil milhões de dólares, a infra-estrutura marcará uma viragem no paradigma de desenvolvimento do País, colocando a Província de Inhambane no centro da transformação produtiva e da integração em cadeias de valor regionais e globais. “Esta é uma transformação fenomenal que estamos a fazer como Governo, com a nossa visão, para que a riqueza nacional seja transformada aqui em Moçambique”, afirmou o Presidente da República, Daniel Chapo.

O projecto, promovido pela Phoenix International Group, surge poucos dias após o anúncio de outro investimento estruturante do grupo — a construção de cerca de 6.000 apartamentos na Costa do Sol, em Maputo. Desta vez, o foco desloca-se para a zona sul de Inhambane, onde o Governo aposta na criação de uma centralidade industrial moderna, com capacidade de processamento integrada de gás natural, sal e derivados químicos.

A Cidade Petroquímica será equipada com refinarias, unidades de produção de amoníaco, ureia, cloro, fertilizantes e polímeros termoplásticos (PVC, PE e PP), bem como terminais marítimos, centrais térmicas, estações de tratamento e zonas habitacionais modernas. A dimensão social é também evidente: estão previstas escolas, hospitais de padrão internacional, centros comerciais e outros serviços públicos para apoiar os trabalhadores e as suas famílias.

“Com um investimento desta magnitude, queremos transformar Mavanza num parque industrial de classe mundial”, declarou o Chefe de Estado. Segundo Chapo, o projecto contribuirá com cerca de 1.150 milhões de dólares para o PIB nacional, além de reforçar as exportações, o emprego e as receitas fiscais.

Um dos destaques da intervenção presidencial foi a valorização do capital humano. Cem jovens moçambicanos receberão bolsas para formação técnica e científica no estrangeiro, com vista a ocupar posições de chefia e direcção nas unidades fabris quando estas entrarem em operação. “Daqui a quatro, cinco anos, eles vão regressar para liderar esta cidade petroquímica”, reforçou Chapo.

Do ponto de vista político e estratégico, o projecto materializa a visão do novo ciclo presidencial de Daniel Chapo: consolidar a paz como base para atracção de investimento, industrializar o país a partir dos seus recursos e garantir uma redistribuição mais equitativa dos ganhos económicos. “Dissemos durante a campanha que íamos transformar os nossos recursos internamente. Está aqui o resultado”, frisou, numa alusão directa ao mandato popular recebido nas eleições de 2024.

A mensagem do Presidente foi também um apelo à estabilidade política e à paz como condição prévia para o sucesso de grandes empreendimentos. Chapo elogiou a população de Inhambane por se manter fora das recentes manifestações pós-eleitorais e reafirmou: “A estabilidade política cria um ambiente favorável de negócios”.

Por fim, exortou as autoridades locais, líderes comunitários e toda a população a apoiar o projecto, assegurando a sua execução dentro dos prazos e padrões acordados. “Este é o início de uma nova era para Vilankulo, para Inhambane e para Moçambique”, concluiu.

Fonte: O Económico

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