Com aumento de mortos e feridos, OMS alerta sobre colapso do sistema de saúde em Gaza

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Palestinos dentro do Hospital Ahli carregando os corpos de seus parentes mortos em ataques aéreos israelenses em Gaza

A Organização Mundial da Saúde, OMS, alertou sobre a grave situação dos hospitais de Gaza após um aumento no número de mortos e feridos, especialmente em centros de distribuição de ajuda humanitária.

Segundo agências de notícias, mais de 50 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas em outro ataque perto de um local de entrega de comida, nesta terça-feira, em Khan Younis, no sul de Gaza.

Desastre total

Um cirurgião e agente de emergência da OMS, Thanos Gargavanis, disse que existe uma linha tênue entre a capacidade operacional e o desastre total.

Uma outra preocupação de saúde na Faixa de Gaza é a crise de acesso à água potável que se agrava rapidamente, à medida que as operações militares israelenses se expandem.

Este palestino fala da grande dificuldade e do sofrimento para se obter água especialmente potável. Ele disse que um caminhão pipa entregue atendeu a 300 tendas no campo de deslocados internos.

Tendas de palestinos deslocados no porto de Gaza
ONU News

Tendas de palestinos deslocados no porto de Gaza

Mudança causou mais vítimas

Com o bloqueio, falta combustível para que as instalações de tratamento de água e dessanilização sigam operando.

A OMS afirma que 80% do território de Gaza está sob ordens de evacuação.

O Complexo Médico Nasser, dentro da zona de evacuação, é o maior hospital de referência em Gaza e o único remanescente em Khan Younis.

Gargavanis ressalta que desde a abertura dos novos centros de distribuição, que são administrados por Israel, Estados Unidos, e outros parceiros militares privados, e não têm participação da ONU, o número de incidentes com vítimas aumentou.

O médico afirma que a maioria dos ferimentos é por arma de fogo.

Enquanto isso, dezenas de caminhões de ajuda humanitária mobilizada pela comunidade internacional seguem à espera de liberação no Egito.

Outros 15 estão na Cisjordânia sem poder entrar.

Fonte: ONU