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Saturday, December 13, 2025
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Contas Públicas Enfrentam Enorme Pressão: Governo Admite Fragilidades E Define Linhas De Resposta

Resumo

Na Sessão de Perguntas ao Governo, a Ministra das Finanças reconheceu desequilíbrios estruturais e apresentou um pacote de medidas para reforçar a credibilidade, estabilizar a economia e modernizar as instituições públicas. O diagnóstico inclui fragilidades estruturais e volatilidade crescente no ambiente macroeconómico. O Executivo propôs uma agenda de consolidação fiscal, sustentabilidade da dívida, modernização tributária e transformação institucional para restaurar confiança e estabilidade. A Ministra realçou a necessidade de enfrentar um quadro orçamental exigente, com rigidez na despesa, queda na arrecadação e pressões de choques externos. A consolidação fiscal é crucial para evitar desequilíbrios adicionais e garantir a estabilidade macroeconómica, num contexto de escolhas difíceis e necessidades sociais crescentes. A nova Estratégia de Gestão da Dívida Pública 2025–2029 visa reduzir vulnerabilidades, melhorar a composição da dívida, prolongar maturidades, ampliar previsibilidade e mitigar riscos cambiais e de refinanciamento, com foco na transparência e na redução do prémio de risco associado ao país.

Na Sessão de Perguntas ao Governo, a Ministra das Finanças reconheceu desequilíbrios estruturais, expôs vulnerabilidades fiscais e apresentou o pacote de medidas para reforçar credibilidade, estabilizar a economia e modernizar as instituições públicas num ambiente marcado por choques internos e externos

Na intervenção prestada na Sessão de Perguntas ao Governo, a Ministra das Finanças apresentou um diagnóstico claro das pressões sobre as contas públicas, reconhecendo fragilidades estruturais e volatilidade crescente no ambiente macroeconómico. O Executivo delineou, em resposta, uma agenda baseada na consolidação fiscal, na sustentabilidade da dívida, na modernização tributária e na transformação institucional como caminhos para restaurar confiança e estabilidade.

Pressões Orçamentais Impõem Consolidação Fiscal E Maior Disciplina

A Ministra sublinhou que o país enfrenta um quadro orçamental exigente, marcado por rigidezes na despesa, queda relativa da arrecadação e pressões acentuadas decorrentes de choques externos. A consolidação fiscal mantém-se, por isso, como âncora da política económica, visando evitar desequilíbrios adicionais e assegurar que o Estado consiga honrar compromissos essenciais sem comprometer a estabilidade macroeconómica.

O Governo admite que o ajustamento não é simples e que exige escolhas difíceis, sobretudo num ambiente de necessidades sociais crescentes e espaço fiscal reduzido.

Estratégia Da Dívida 2025–2029: Contenção, Transparência E Mitigação De Riscos

A nova Estratégia de Gestão da Dívida Pública 2025–2029 foi apresentada como instrumento central para reduzir vulnerabilidades da economia moçambicana. A Ministra destacou a necessidade de melhorar a composição da dívida, prolongar maturidades, ampliar previsibilidade e mitigar riscos cambiais e de refinanciamento.

A estratégia procura ainda reforçar transparência, melhorar a relação com credores e reduzir o prémio de risco associado ao país, num contexto de restrições severas ao financiamento externo e sensibilidade às condições internacionais.

Reforma Tributária Para Estancar Perdas E Ampliar Base Fiscal

A erosão contínua das receitas e o peso persistente da informalidade levaram o Executivo a intensificar a reforma tributária. A Ministra destacou a revisão de benefícios fiscais ineficientes, o reforço da fiscalização, a modernização dos sistemas aduaneiros e o uso de tecnologia para aumentar a cobrança e reduzir comportamentos evasivos.

O objectivo é aumentar a capacidade financeira do Estado sem penalizar excessivamente empresas e famílias, garantindo maior equidade e eficiência no sistema tributário.

Digitalização E Integridade Pública Como Alavancas De Eficiência

A modernização tecnológica da administração pública foi apresentada como componente estruturante da reforma do Estado. A interoperabilidade de sistemas, a automatização de processos e o reforço da segurança digital são elementos fundamentais para melhorar o desempenho das instituições e reduzir custos operacionais.

A Ministra enfatizou também o papel das medidas de integridade e transparência como resposta às fragilidades que afectam a credibilidade do Estado. A promoção de boa governação, disse, é indispensável para assegurar impacto real das políticas públicas e reduzir perdas associadas a corrupção e ineficiência.

Choques Externos Mantêm A Economia Vulnerável

O Governo reconheceu que a economia permanece exposta a factores que escapam ao controlo interno: volatilidade dos preços de energia e alimentos, tensões geopolíticas, pressão inflacionista importada e maior incerteza nos mercados financeiros internacionais.

Face a este quadro, a Ministra reafirmou que apenas uma combinação de rigor fiscal, reformas institucionais e modernização estrutural poderá aumentar a resiliência da economia e melhorar a confiança de investidores e parceiros.

O Governo assume, assim, uma agenda de ajustamento e reformas orientada para enfrentar um quadro fiscal adverso e fragilidades acumuladas. O sucesso dessa agenda dependerá da execução efectiva das medidas anunciadas, da capacidade institucional para as implementar e da estabilidade necessária para transformar intenções em resultados concretos para o país.

Fonte: O Económico

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