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Cronograma da construção da Central Térmica de Temane sofre novo revés

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A construção da Central Térmica de Temane, no distrito de Inhassoro, província de Inhambane, foi temporariamente suspensa devido a um impasse contratual com o empreiteiro do projecto, a empresa espanhola TSK. O diferendo ameaça comprometer os prazos de comissionamento e a entrada em operação da central a gás natural, prevista para 2026.

A Central Térmica de Temane (CTT), um dos principais empreendimentos energéticos em curso em Moçambique, viu as suas obras interrompidas na sequência de divergências contratuais com o consórcio responsável pela Engenharia, Aquisição e Construção (EPC), liderado pela espanhola TSK. A informação foi tornada pública pela própria CTT à AIM, nesta quarta-feira.

O projecto, avaliado em cerca de 650 milhões de dólares norte-americanos, tem como objectivo principal a geração de 450MW através de tecnologia de ciclo combinado a gás natural. Além disso, constitui o ponto de ancoragem para a construção de uma linha de transmissão de 400kV, com uma extensão de 563 quilómetros, ligando Vilanculos a Maputo.

Apesar de a execução física das obras ter atingido cerca de 80%, os atrasos sucessivos — atribuídos anteriormente a eventos climáticos extremos como ciclones — e agora ao impasse contratual, colocam em risco a operacionalização da central nas datas previstas. Segundo Eucides Dgedge, gestor do projecto, o comissionamento deveria iniciar-se entre o segundo e o terceiro trimestre de 2025, com entrada plena em funcionamento agendada para 2 de Fevereiro de 2026.

O adiamento da CTT tem efeitos colaterais nos projectos interdependentes, nomeadamente o Temane Transmission Project (TTP) e o Acordo de Partilha de Produção (PSA), que dependem do arranque sincronizado da central.

Ainda assim, a CTT sublinha que continuam a ser implementadas medidas de mitigação, com vista à protecção do cronograma, manutenção das actividades críticas e garantia dos padrões de qualidade e segurança. A entidade afirma estar comprometida com a resolução do diferendo com a TSK e assegura que o projecto permanece uma prioridade estratégica nacional.

A CTT resulta de uma parceria público-privada entre a Globeleq, a Electricidade de Moçambique (EDM) e a Sasol, tendo obtido uma concessão de 25 anos, finda a qual o activo será transferido para o Estado moçambicano.

Fonte: O Económico

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