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A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) congratulou-se esta terça-feira com a aprovação, pelo Governo, do Fundo de Recuperação Económica, considerando a decisão como um avanço promissor e uma resposta directa ao seu apelo para apoiar empresas afectadas pelas manifestações pós-eleitorais. A organização enalteceu ainda o novo ciclo de governação liderado pelo Presidente Daniel Francisco Chapo, sublinhando a postura de diálogo e concertação que tem caracterizado os primeiros 100 dias do mandato.
“Hoje, o Governo ouviu o nosso clamor e, imediatamente, disponibiliza 350 milhões de meticais, como dotação inicial, havendo promessa de aumentar o valor”, disse o Presidente da CTA, Agostinho Vuma, em conferência de imprensa, destacando a medida como sinal de sensibilidade governamental às preocupações do sector privado.
A Confederação lembrou que o estudo realizado no rescaldo das manifestações identificou 955 empresas afectadas, das quais 51% sofreram vandalizações e/ou saques totais, com impacto estimado em cerca de 17 mil postos de trabalho na fase mais crítica e até 50 mil em todo o período de instabilidade. Face a este cenário, a CTA propôs formalmente a criação de um fundo para apoiar a retoma empresarial.
A organização sublinhou que o Fundo de Recuperação Económica representa um dos “avanços tangíveis e promissores” que resultam da “nova dinâmica económica” introduzida nas medidas adoptadas nos primeiros cem dias da nova governação. “Enaltecemos a postura de Sua Excelência Daniel Francisco Chapo, marcada por diálogo e concertações permanentes com diversos segmentos da sociedade, incluindo o nosso sector privado”, afirmou a CTA.
Para a Confederação, o modelo de governação em curso “tem resultado no aprimoramento contínuo de um quadro mais favorável aos investimentos e ao desenvolvimento”.
Num tom propositivo, a CTA apelou ao Governo para que continue a trabalhar no aprimoramento do quadro legal que assegure aos moçambicanos e ao empresariado nacional o protagonismo na exploração dos recursos naturais, com vista ao desenvolvimento económico sustentável e ao equilíbrio na distribuição da riqueza nacional.
“Depositamos inteira confiança no modelo de governação que está a ser introduzido e, como sector privado, reafirmamos a nossa total disponibilidade e compromisso para servir a agenda nacional de desenvolvimento”, concluiu a CTA.
Fonte: O Económico