Questões-Chave:
A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) voltou a levantar a voz, alertando para a ausência de uma execução consistente das políticas económicas e para o défice de confiança mútua entre o governo e o sector privado, considerados entraves centrais ao desenvolvimento de uma economia resiliente e competitiva.
Durante o 11.º Conselho de Monitoria do Ambiente de Negócios (CMAN), realizado esta manhã em Maputo com a presença da Primeira-Ministra Benvinda Levi, o Presidente da CTA, Álvaro Massingue, sublinhou que Moçambique dispõe de recursos, talento e visão, mas falta-lhe “um verdadeiro compromisso com reformas sérias”.
“As expectativas da CTA não são novas, mas são reiteradas com o mesmo vigor e esperança de sempre. O sector privado está pronto para ser um parceiro activo no desenvolvimento da economia nacional”, afirmou.
Propostas e Reclamações: Do Fiscal às Divisas
Entre os pontos centrais da intervenção da CTA estiveram:
Proposta de Reestruturação do Diálogo Público-Privado
A CTA propõe que o Diálogo Público-Privado seja formalmente institucionalizado, com:
Governo Reage com Medidas de Retoma
Em resposta, a Primeira-Ministra Benvinda Levi garantiu que o governo está empenhado em aprimorar o quadro legal e implementar reformas estruturantes, reconhecendo o sector privado como parceiro estratégico.
Anunciou, ainda, uma linha de financiamento de 10 mil milhões de meticais em parceria com a Associação Moçambicana de Bancos, e um Fundo de Recuperação Empresarial de cerca de 300 milhões de meticais, financiado pelo Banco Mundial, como parte das medidas para acelerar a retoma económica após os impactos das manifestações pós-eleitorais.
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p class=”p1″>O encontro terminou com debates entre empresários e membros do governo, onde os operadores económicos insistiram na necessidade de uma actuação mais célere e transparente por parte das autoridades públicas, exigindo coerência entre os compromissos assumidos e a sua materialização efectiva no terreno.
Fonte: O Económico