Por: Gentil Abel
O líder da Comissão de Gestão das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), Danny Kondic, afirmou, durante uma conferência de imprensa, que a actual direcção não teve qualquer responsabilidade nas decisões que levaram à aplicação de uma multa de 11 milhões de meticais pela Autoridade Reguladora da Concorrência (ARC), por cobrança indevida de sobretaxas em voos domésticos.
Kondic destacou que ele e os principais membros da actual equipa chegaram à LAM apenas em Maio deste ano, muito depois dos factos que originaram a sanção. “Estamos aqui para fazer a diferença sobre como esta aérea vai ser gerida, para que ela volte a ser uma parte importante da vida de todos os moçambicanos. Nenhum de nós foi responsável pelo que aconteceu antes da nossa chegada”, afirmou, referindo-se também a Lucas Francisco, que ingressou na empresa uma semana antes dele, e Hilário Tembe, Director de Operações, que assumiu o cargo duas ou três semanas antes.
Segundo Kondic, os acontecimentos que motivaram a multa remontam a 2020, período em que ele ainda residia na Austrália. Apesar de discordar da decisão da ARC, o gestor garantiu que a LAM respeita as instituições moçambicanas e que o assunto será tratado nos fóruns próprios. “Não queremos falar publicamente contra a decisão, porque a decisão é a decisão. Acreditamos que nem todos os factos foram considerados com a máxima cautela, mas vamos apresentar a nossa posição no espaço adequado”, explicou.
O dirigente reforçou que a prioridade agora é a reestruturação da companhia e anunciou a aquisição de uma nova aeronave, a primeira em 18 anos, que será incorporada à frota da LAM. “Esta é a primeira de muitas aeronaves que iremos adquirir. Está a ser verificada hoje na Etiópia e esperamos que chegue a Maputo na tarde desta quarta-feira”, disse Kondik.
A conferência de imprensa decorreu um dia depois de a ARC anunciar a multa, que se divide em 8,3 milhões de meticais pela cobrança indevida e 2,7 milhões pela não colaboração da LAM no processo de investigação.