Por Redacção LanceMZ
Depois de cumprir 176 minutos na sua estreia com a camisola dos Mambas, concretamente 90 minutos na partida entre o Uganda e Moçambique em Kampala (4-0) e 86 minutos no jogo Moçambique – Botswana (2-0) e de fazer longas horas de viagem de avião, Calila não foi opção do 11 inicial do treinador Vasco Lopes Matos para o embate frente ao Benfica, mas o internacional moçambicano pulou do banco aos 61 minutos, numa altura em que o Santa Clara já estava em desvantagem.
Benfica dominador desde o primeiro minuto, com o controlo do jogo desde o início, a ser o primeiro a procurar realmente a baliza, a dispor das melhores oportunidades, sobretudo através da força de remate de Richard Ríos, mas Gabriel Batista sempre a levar a melhor.
Victor, do Santa Clara, que foi expulso aos 34’, depois de atingir Tomás Araújo na cabeça. Mas a melhor ocasião acabou por ser do Santa Clara, por Frederico Venâncio, que só foi detido por Trubin. O público encarnado, já nervoso e irritado, não perdoou. Açorianos bem arrumadinhos, águias nervosas, adeptos em polvorosa, a deixar assobios ao intervalo, assim chegou o período de descanso.
O segundo tempo chegava com expectativas para o lado encarnado: jogava com mais um e não poderia falhar, Prestianni era atirado à luta. Debalde, Benfica ainda pior do que o da primeira parte, com dificuldade para dar expressão material ao domínio, permitindo inclusivamente que o Santa Clara procurasse a baliza de Trubin e tivesse posse de bola.
Ao minuto 59’, depois de uma falta sobre Prestianni, no lado direito do ataque encarnado, chegaria, no entanto, o alívio. Otamendi saltou na área como um miúdo de 20 anos, Gabriel Batista defendeu, Pavlidis, na recarga, fez o 1-0. O público acalmava, mas não sossegava.
O Santa Clara imediatamente obrigou Trubin a trabalhar e aos 76’, quando Sudakov já estava em campo, com direito a ovação especial por parte do público da Luz, foi mesmo a sério: Calila disparou já na área e aqueceu as mãos ao ucraniano. A vantagem era curta e o Benfica sofria perante um adversário com 10 unidades.
Parecia que iria prevalecer a superioridade numérica do Benfica, que levava a vantagem quase até ao fim, sem bilhantismo, apenas com a segurança possível. Sem brilho, mas com a garantia de que os 3 pontos não fugiriam. Mas não. Otamendi, num raro erro, permitiu que Vinícius empatasse. O argentino pediu desculpa, mas a culpa é do futebol do Benfica. E os açorianos, heróis, aproveitaram e mereceram. (LANCEMZ)
Fonte: Lance
