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Dólar Enfraquece Antes de Semana Decisiva de Bancos Centrais, com Olhares Virados para a Fed

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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>Reuniões nos Estados Unidos, Japão, Reino Unido, Canadá e Noruega prometem definir o rumo das moedas e dos mercados globais.

O dólar registou uma ligeira desvalorização esta segunda-feira, numa semana em que os mercados cambiais e financeiros aguardam um verdadeiro “banquete” de decisões dos principais bancos centrais mundiais. A Reserva Federal dos Estados Unidos assume o protagonismo, num momento em que os investidores já antecipam cortes nas taxas de juro.

A moeda norte-americana caiu 0,08% face a um cabaz de divisas, para 97,58 pontos, reflectindo a crescente expectativa de que a Fed anuncie esta quarta-feira uma redução de 25 pontos base na sua taxa directora. “Estamos a prever um corte de 25 pontos base, já totalmente descontado pelo mercado”, afirmou Carol Kong, estratega cambial do Commonwealth Bank of Australia.

A evolução do dólar contrastou com a resiliência de outras moedas. A libra esterlina valorizou 0,11% para 1,3565 dólares, enquanto o dólar australiano subiu 0,23% para 0,6663 dólares, aproximando-se do máximo de dez meses registado na sexta-feira anterior. Já o iene japonês ganhou 0,1%, cotando-se em 147,44 por dólar, antes da reunião de política monetária do Banco do Japão.

O euro, por sua vez, recuou 0,04%, fixando-se em 1,1729 dólares, após a Fitch ter revogado à França a notação de crédito AA-, a mais baixa da sua história. Apesar do simbolismo da decisão, os mercados reagiram com relativa indiferença.

A atenção dos investidores está igualmente voltada para o Japão, onde, embora não se esperem alterações imediatas na taxa de juro, o discurso do governador Kazuo Ueda poderá dar indicações sobre a possibilidade de uma subida já no próximo mês. Analistas do MUFG referem que apenas uma sinalização clara nesse sentido seria suficiente para inverter a fraqueza recente do iene, num contexto de instabilidade política após a demissão do primeiro-ministro Ishiba.

Na China, o yuan onshore obteve algum alívio da queda do dólar, fixando-se em 7,1213 por dólar. Contudo, os dados económicos divulgados na segunda-feira confirmaram um abrandamento da segunda maior economia do mundo: tanto a produção industrial como as vendas a retalho em Agosto registaram o crescimento mais fraco desde o ano passado.

Os investidores acompanham ainda as conversações entre autoridades dos Estados Unidos e da China, realizadas em Madrid, sobre relações comerciais e a disputa em torno da aplicação TikTok. Washington pressiona os seus aliados a imporem tarifas adicionais sobre importações chinesas devido às compras de petróleo russo por Pequim.

Entretanto, em Wall Street, o sentimento manteve-se misto no final da semana passada: o Dow Jones recuou 0,6%, o S&P 500 encerrou praticamente inalterado, enquanto o Nasdaq avançou 0,4%, alcançando um novo máximo histórico.

O que vier a ser decidido esta semana nos bancos centrais poderá marcar o rumo das moedas e das bolsas para o último trimestre de 2025, num quadro de incertezas económicas, tensões geopolíticas e políticas monetárias em transição.

Fonte: O Económico

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