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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>Dados de Julho mostram abrandamento nas ofertas de emprego, elevando para 97% a probabilidade de descida das taxas ainda este mês, segundo o CME FedWatch.
O dólar manteve-se relativamente estável esta quinta-feira, após uma sessão de queda, enquanto os investidores aguardam o relatório de emprego de sexta-feira. Os dados mais recentes, que apontam para o enfraquecimento do mercado laboral norte-americano, reforçaram as expectativas de que a Reserva Federal (Fed) iniciará cortes de taxas de juro já este mês.
As ofertas de emprego nos Estados Unidos caíram em julho para o valor mais baixo em dez meses, sinalizando abrandamento da procura por mão-de-obra, ainda que os despedimentos se mantenham em níveis reduzidos. O CME FedWatch mostra que os traders já atribuem uma probabilidade de 97% a um corte de taxas na reunião de setembro, contra 89% registados na semana anterior. O mercado também precifica um total de 139 pontos base de flexibilização monetária até final de 2026.
Analistas como James Knightley, economista-chefe internacional do ING, projetam que a Fed cortará 25 pontos base em cada uma das reuniões de setembro, outubro e dezembro, aproveitando o contexto de baixa pressão inflacionista. A decisão final será conhecida após a reunião de 16-17 de setembro.
No mercado cambial, o euro manteve os ganhos da noite anterior, cotando-se a 1,1652 USD, enquanto a libra esterlina permanecia em 1,343 USD, perto dos mínimos de quatro semanas. O índice do dólar — que compara a divisa com seis outras moedas principais — estava estável em 98,227 pontos. O iene japonês manteve-se igualmente próximo de 148,16 por dólar.
O foco dos investidores tem-se dividido entre o mercado laboral e os receios fiscais nos mercados obrigacionistas globais. Os rendimentos das obrigações de longo prazo subiram acentuadamente, refletindo a fragilidade das finanças públicas em economias como Japão, Reino Unido e EUA, todas com rácios dívida/PIB acima de 100%. Contudo, um leilão bem-sucedido de obrigações japonesas a 30 anos ajudou a acalmar os receios, provocando uma descida nos yields.
Segundo Uday Patnaik, da L&G Asset Management, “o problema central é que nenhuma destas economias está a gerar superávit primário, o que significa que as receitas fiscais não cobrem sequer as despesas correntes, sem contar com os juros da dívida”.
Este quadro, conjugando fragilidade laboral com pressões fiscais, aumenta a probabilidade de uma política monetária mais acomodatícia, mas sublinha também os riscos de longo prazo que continuam a pesar sobre a estabilidade macroeconómica das maiores economias globais.
Fonte: O Económico