CRISTÃOS de várias confissões religiosas renovaram, ontem, nas celebrações do Domingo de Ramos, os apelos à paz e reconciliação entre os moçambicanos, como pressupostos para o desenvolvimento.
Durante o Domingo de Ramos, que simboliza a entrada de Jesus Cristo a Jerusalém, marcando o início da Semana Santa, vários cristãos marcharam pelas ruas cantando “hozana… hozana”.
Valente Tseco, pastor da Igreja Presbiteriana – Paróquia de Khovo, afirmou que este momento deve significar paz e reconciliação para os moçambicanos, independentemente das diferenças partidárias, religiosas, de cor ou raça.
Disse, a título de exemplo, que o aperto de mãos entre o Presidente da República, Daniel Chapo, e ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane é sinal inequívoco da vontade das partes de busca da tranquilidade.
Precisou, ainda, que as manifestações violentas pós-eleitorais só vieram retardar o desenvolvimento e mostrar que os moçambicanos odeiam-se um do outro, ao ponto de se partir o pouco que o país tinha.
Por seu turno, Isaías Face, pastor da Igreja Metodista Unida em Moçambique – Paróquia da Malanga, disse que a celebração do Domingo de Ramos representa esperança de paz, uma vez que nos últimos tempos o mundo e o país, em particular, estão em constantes turbulências.
Referiu que não há alternativa para o gozo de uma paz plena que não seja abraçar Jesus Cristo. O maior líder, tal como indicou, é Deus, que entregou o seu filho unigênito para salvar o mundo.
Para este líder religioso, o diálogo político iniciado é caminho para a paz, mas o mais importante ainda é perceber que ninguém está acima do outro.
Apelou aos cristãos a continuarem a orar pela paz e reconciliação.
Enquanto isso, Dom João Carlos, arcebispo da Arquidiocese de Maputo, da Igreja Católica, afirmou que o Domingo de Ramos deve ser momento de reflexão para levar os moçambicanos a se unirem para superar tudo de nagativo.
Disse, também, que a partir de hoje (ontem) Moçambique poderá gozar momento de muita calma e paz efectiva, porque é esta a vontade de Deus.
Foto: C. Macassa
Fonte: Jornal Noticias