Resumo
Manifestações durante períodos eleitorais em países africanos, como Tanzânia, Nigéria e Quénia, revelam descontentamento popular e tensões políticas. Na Tanzânia, protestos após eleições contestadas levaram a confrontos, mortes de manifestantes e medidas como corte de internet e toque de recolher. O partido no poder foi acusado de restringir participação da oposição. Na Nigéria, eleições de 2023 geraram protestos devido a dúvidas sobre transparência, resultando em confrontos com forças de segurança. No Quénia, vitória presidencial de William Ruto em 2022 provocou manifestações contestando resultados. No Senegal, adiamento das eleições presidenciais em 2024 desencadeou grandes protestos. Estes eventos destacam a vitalidade democrática dos cidadãos africanos, mas também a necessidade de conciliar liberdade de expressão com estabilidade pública.
Durante os períodos eleitorais, vários países africanos testemunham manifestações que, embora representem uma expressão legítima de participação política, acabam por gerar tensões e, em certos casos, ameaçar a ordem pública.
Na Tanzânia, as eleições foram marcadas por protestos que revelaram o descontentamento popular. Em pleitos recentes, o exército foi mobilizado à medida que manifestações se espalhavam por várias cidades após uma votação contestada. A Amnistia Internacional denunciou a morte de manifestantes. O clima na Tanzania estava tenso que governo ordenou o corte da internet e o toque de recolher obrigatório. O partido Chama Cha Mapinduzi, no poder desde 1961, foi acusado de restringir a participação da oposição, e o principal líder opositor, Tundu Lissu, acabou detido por defender reformas eleitorais.
De forma semelhante, na Nigéria, as eleições de 2023 desencadearam protestos em várias cidades, após eleitores e partidos da oposição questionarem a transparência do processo. Embora pacíficas no início, as manifestações acabaram em confrontos com as forças de segurança, resultando em feridos e detenções.
Também no Quénia, após a vitória de William Ruto nas presidenciais de 2022, surgiram manifestações contestando os resultados. As manifestações evidenciaram a sensibilidade do processo eleitoral e o papel central das instituições na mediação das disputas pela verdade eleitoral.
Mais recentemente, o Senegal, considerado uma das democracias mais estáveis do continente, enfrentou grandes protestos em 2024 devido ao adiamento das eleições presidenciais.
Em suma, as manifestações eleitorais em África revelam a vitalidade democrática dos cidadãos, mas também expõem o desafio de conciliar liberdade de expressão com estabilidade pública.

                                    




