O secretário-geral afirmou que os trabalhadores humanitários estão morrendo de fome e os moradores da região presos em áreas inseguras.
Situação urgente
O encontro com a impresa ocorreu horas antes de Guterres embarcar para Sevilha, na Espanha, onde participa da Quarta Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento.
Para Guterres, embora o conflito entre Israel e Irã ter dominado as manchetes recentes, a situação dos civis em Gaza continua urgente e terrível.
Ele contou que as famílias foram obrigadas a fugir da violência, várias vezes, e agora estão confinadas a menos de um quinto do território de Gaza.
Com a violência, bombas estão caindo sobre barracas e tendas e as famílias não têm mais para onde correr. Uma outra preocupação da ONU é com as mortes que ocorrem perto de áreas de distribuição de alimentos. Já são mais de 400 mortos.
António Guterres disse que a busca por comida nunca deveria ser uma sentença de morte.
Ajuda humanitária
Guterres voltou a investir num cessar-fogo imediato, na libertação incondicional de todos os reféns e no acesso humanitário total e irrestrito. Ele também deu um recado aos países e atores que podem fazer algo para acabar com a guerra.
Segundo Guterres, quem têm influência deve usar a mesma para acabar com a violência. E a todos os países-membros da ONU, o secretário-geral lembrou que é preciso respeitar a Carta da ONU.
O chefe da ONU enfatizou que Israel é legalmente obrigado a facilitar a ajuda humanitária.
No início desta semana, um pequeno comboio de suprimentos médicos da ONU entrou em Gaza pela primeira vez em meses, observou Guterres, acrescentando que isso apenas ressaltou a escala avassaladora da necessidade dos palestinos.
Segundo ele, existe uma solução e um plano detalhado baseado nos princípios humanitários de humanidade, imparcialidade, neutralidade e independência.
Ele disse que esse plano funcionou durante o último cessar-fogo. Portanto, é preciso permitir que funcione novamente.
Fonte: ONU