Início Nacional Sociedade Empresários de Palma querem mais benefícios com projectos de exploração de gás 

Empresários de Palma querem mais benefícios com projectos de exploração de gás 

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Os empresários de Palma voltaram a queixar-se da exclusão nos negócios com a Total Energies e do isolamento de trabalhadores em Afungi, práticas que, segundo defendem, têm sufocado a economia do distrito. 

A preocupação foi reiterada este sábado, durante uma reunião com o Director – Geral da Total Energies, em Moçambique, Maxime Rabilloud, cujo objectivo era encontrar consensos e esclarecer as inquietações. 

Uma das preocupações apresentadas na reunião, foi o que Pedro da Silva, representante da Confederação das Associações Económicas (CTA) em Palma chamou de estagnação da economia local. 

Segundo disse “Palma está esquecida, está morta”e não é o mesmo lugar onde se ansiava riqueza, com a exploração do gás natural liquefeito. 

Além disso, os empresários mostraram-se indignados com a alegada exclusão das empresas locais no fornecimento de bens e serviços ao acampamento de Afungi. 

“A empresa fecha as portas e os empresários locais ficaram de fora sem nenhum conhecimento e sem nenhuma informação e esse foi o motivo de toda essa inquietação. Se a empresa tivesse sido aberta e dito que essa é a forma deles de trabalhar não teríamos esses problemas todos”, disse Pedro da Silva. 

Perante as reclamações, o director-geral da Total Energies em Moçambique, Maxime Rabilloud, procurou tranquilizar os empresários, disse que  tudo não passa de um mal entendido gerado por falhas de comunicação e reiterou que ninguém seria excluído. 

Conforme explicou Rabilloud , não existe nenhuma intenção de reduzir as compras dos produtos dos empresários, tanto que actualmente, grande parte da comida consumida em Afungi é adquirida com empresários locais e isso será intensificado com o início das operações. 

Sobre o isolamento dos trabalhadores no acampamento, Rabilloud explicou que se trata de procedimentos comuns em projectos desta dimensão, sobretudo por questões de segurança.

“As pessoas que trabalham na construção do projecto precisam de estar dentro do acampamento do  projecto e isso vai continuar,  isso pode ter levado a população a entender que ninguém mais sairia ou que ninguém mais poderá trabalhar connosco, o que não será o caso”, clarificou o chefe da Total em Moçambique. 

Apesar da reunião, os empresários não saíram satisfeitos e por isso, marcou-se um novo encontro para o dia 11 deste mês, onde uma equipa da Total terá de ouvir as preocupações de cada um, e daí ver-se como resolver

Ainda assim, o director – geral da Total garante que ainda este mês voltará a reunir-se com a população. 

A petrolífera avança que estão em curso os trabalhos para a retirada da cláusula de força maior que suspendeu as operações, e que a retoma formal do projecto de gás natural liquefeito em Cabo Delgado poderá acontecer em breve.

Fonte: O País

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