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Engenheiros civis sugerem interdição imediata de Escola em iminente colapso em Chibuto

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Engenheiros civis alertam para necessidade de interdição total e imediata da Escola em iminente colapso no distrito de Chibuto, província de Gaza, para evitar tragédias. João Magalhães diz que a infra-estrutura escolar pode ruir a qualquer momento devido à baixa resistência na sequência da umidade acentuada nos últimos 13 anos.

São novos desenvolvimentos sobre a reportagem do O País, em torno do iminente colapso da Escola Secundária de Chibuto na província de Gaza, uma situação de degradação que coloca em  risco  mais de três mil alunos e professores.

A administradora do distrito de Chibuto, Cacilda Banze, manifestou, igualmente, preocupação à volta do estágio actual da escola em causa. “E não só quando se trata de vidas humanas, não há uma nem duas.Estamos a falar de vidas que temos todos a abraçar.  Ou deitamos abaixo daquele edifício ou reparamos, tudo vai ser avaliado com os próprios engenheiros”.

E nisto, o edifício de 50 anos foi submetido a uma leitura técnica. O engenheiro civil, João Magalhães enumera várias fragilidades causadas, principalmente, pela umidade na sequência da degradação acentuada da cobertura nos últimos 13 anos.

“O edifício sofre de humidade, pelo que a cobertura apresenta alto nível de degradação que está permitindo a entrada de água para ser permeada pela laje,  o que provoca corrosão das armaduras e, consequentemente, fragmentação parcial da laje”, explicou

Estruturalmente, a armadura do edifício de três pisos encontra-se, profundamente, deteriorada e isto, por um lado reduz a sua resistência, e por outro eleva a probabilidade de queda tendo em conta o nível de pressão.

“Temos algumas partes ao longo dos corredores que também estão fragmentadas, porque por causa da corrosão, por causa da deterioração,  parte da capacidade de resistência do edifício perdeu-se”, revelou o engenheiro.

A direcção provincial da Educação em Gaza, anunciou há quatro dias que proibia o uso de 8 de um total de 21 salas, enquanto decorre um estudo multissetorial, sem no entanto avançar datas para sua divulgação.

“Interditamos o uso de oito salas de aulas. Neste momento estamos a mobilizar material para poder construir salas de aulas provisórias. O Ministério da Educação, a Direção Provincial de Educação, o INGD, a Direção Provincial de Obras Públicas, esteve no local a fazer um estudo da real situação da escola para encontrar a melhor solução, neste caso, para ultrapassar este problema”, avançou, a porta-voz, Raquelija da Glória.

Entretanto o engenheiro Magalhães, alerta para necessidade de interdição total e imediata do edifício. “Melhor seria que fizesse esse estudo enquanto os estudantes ou alunos ou demais funcionários fizessem ou desenvolvessem suas atividades fora do edifício.  Depois de fazer esses estudos, com um embasamento, um fundamento técnico, pode-se determinar se o edifício pode ser parcialmente ou totalmente interdito. Quanto à questão de avaliação para soluções para ver se é viável uma reabilitação ou uma demolição em casos mais graves, quanto é que isso custa?”, concluiu.

Não foram ainda avançadas as datas para divulgação do relatório sobre o estágio deste edifício em Chibuto, nem sobre o arranque das obras das salas provisórias, e nisto mais de 30 turmas e 70 professores continuam em exposição ao risco.

Fonte: O País

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