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Falta de reagentes compromete serviços hospitalares

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Foto: aimnews

Por: Gentil Abel

A Revista Tempo tomou conhecimento, através de uma denúncia feita por uma fonte anónima, da alegada falta de reagentes nos hospitais públicos da cidade de Maputo, um problema que pode colocar em risco a prestação de serviços de saúde, particularmente no diagnóstico de doenças.

Na sequência da denúncia, a nossa equipa deslocou-se à Direcção de Saúde da Cidade de Maputo, com o objectivo de apurar os factos. No entanto, o director-geral não se encontrava presente e foi marcada uma audiência formal. Após um mês, a direcção hospitalar da cidade de Maputo ainda não se pronunciou para esclarecer o sucedido, mantendo-se em silêncio perante uma situação de interesse público.

Face à ausência de resposta, a Tempo dirigiu-se ao Hospital Central de Maputo (HCM), a maior unidade sanitária do país. Porém, deparou-se com barreiras burocráticas na tentativa de obter informações. O Departamento de Comunicação e Imagem do HCM limitou-se a informar que não presta esclarecimentos a jornalistas de forma individual, tendo prometido a realização de uma conferência de imprensa “em breve” para abordar a questão da falta de reagentes.

De referir que os reagentes são substâncias químicas essenciais para a realização de análises clínicas, permitindo identificar doenças, monitorar tratamentos e apoiar diagnósticos médicos. Sem eles, exames laboratoriais básicos como análises de sangue, urina ou outros testes de diagnóstico tornam-se impossíveis, comprometendo a eficácia dos serviços de saúde e colocando em causa o atendimento de milhares de utentes que diariamente recorrem ao sistema nacional de saúde.

E a ausência de uma posição clara das autoridades hospitalares levanta sérias questões sobre a gestão de recursos no sector da saúde e sobre o compromisso das instituições públicas em prestar contas aos cidadãos. Pois, enquanto se aguarda por um pronunciamento oficial, persiste a incerteza e cresce a preocupação em torno de uma situação que afecta directamente a vida de moçambicanos que dependem exclusivamente dos hospitais públicos.

 

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