Por: Rosário Rafael e Julião Tsowo (Fotos)
O evento foi marcado pela presença de familiares, amigos e antigos jogadores que passaram pelos comandos de Coluna.
A curadora do evento Raquel Vedor falou do surgimento da ideia da homenagem a Mário Coluna.
“A ideia surgiu através do desejo das filhas querem fazer uma pequena amostra daquilo que é uma iniciativa de um projecto futurista de representação daquilo que é o desporto nacional e o mostro que era em personalidade Mário Esteves Coluna”, explicou Raquel Vedor.
Lúcia Coluna, filha do antigo treinador e futebolista, esclareceu os motivos pelos quais a família resolveu organizar homenagem e sobre os projectos futuros.
“Nós resolvemos fazer essa exposição para tratar um bocadinho daquilo que foi o percurso do meu pai e temos aqui quadro e troféu que ele recebeu, temos ainda muita coisa por mostrar, o nosso projecto é muito maior que oque vê aqui, este é só o início de muitos coisas que tem por vir. O próximo passo é montar uma outra exposição em um outro local maior que este e temos outras surpresas por mostrar, é um projecto que eu acredito que vai ajudar o desporto de forma geral, o projecto não apenas voltado para o futebol, ele singrou no futebol, mas ele praticou outras modalidades e um dos sonhos dele quando estava em vida era ajudar o pão de forma geral”, referiu a filha do homenageado.
Já Isabel Santos, esposa do homenageado, falou da marca indelével deixada pelo marido.
“Essa homenagem é feita por ocasião do nonagésimo aniversário dele, ele iria completar 90 anos se tivesse vivo, então a família achou por bem prestar essa homenagem. Resolvemos fazer este convite público para celebrar a vida e obra dele. Ele deixou uma marca indelével, dinamizou o desporto aqui em Moçambique, pertenceu a várias organizações como a FIFA, a CAF, levou o nome do país além fronteiras, eu penso que ele fez um trabalho excelente e gostaria que se desenvolvesse mais, existe a académica Mário Esteves Coluna que foi criada para educar, dinamizar e formar miúdos para o desporto e tencionamos organizar campeonatos de futebol com crianças, em suma, acho que ele fez muita coisa pelo desporto”, sublinhou a esposa de Mário Coluna.
José dos Santos, antigo jogador que foi treinado por Mário Coluna, falou da maneira simples que foi trabalhar com o seu antigo técnico.
Eu conheci o “Mostro Sagrado” em 1975, o tio “Mucuna” é como lhe chamávamos, o Textáfrica foi buscar o mister em Angola, fomos campeões provinciais e viemos para capital disputar o nacional. Ele era uma pessoa que dizia para jogarmos aquilo que nos sabíamos, ele dava-nos as táticas e durante o jogo nos podíamos trocar se não estivesse a funcionar”, contou José Norberto dos Santos.
E por fim Mussagy Daúde, que acompanhou os passos de coluna nas suas temporadas no Sport Lisboa e Benfica, contou um pouco da mestria que Coluna tinha com a bola.
“O Mário Coluna tinha uma halidade em passar a bola fabulosa para passar aos artilheiros de tal forma incrível, era difícil interceptar a bola. foi um jogador impressionante, a sua habilidade com a bola revelava um desempenho extraordinário no campo, raramente Coluna tocava o adversário, por isso era admirado, ele obedecia as regras, na altura o desporto era desporto, ele tinha horror em machucar o adversário, é por isso que o mundo inteiro tinha uma grande admiração por ele”, frizou Mussagy Daúde, admirador do futebol jogado por Coluna.
O evento prolongar-se-á até dia 20 do mês corrente e é organizado pela família do antigo “capitão” do Benfica e da seleção portuguesa, em comemoração aos seu 90 anos que completaria caso estivesse em vida. (LANCEMZ)
Fonte: Lance