Há uma música de Manu Chao que Emir Kusturica usou num documentário sobre Maradona e que rapidamente se popularizou.
A música, que o cantor franco-espanhol cantou, numa rua de Buenos Aires, perante Diego, começava assim: «Si yo fuera Maradona…»
Hoje, «si yo fuera» Pinto da Costa, certamente estaria feliz. Não há volta a dar: o jogo dos dragões no Algarve, frente ao Farense, tinha importância pelos três pontos em disputa, mas por muito mais do que isso.
Com a morte, ontem, do histórico presidente, havia uma vontade grande, nas hostes portistas, de “oferecer” esta vitória como homenagem a Pinto da Costa.
Não foi fácil, o FC Porto esteve longe de fazer um bom jogo, mas vestiu o fato de macaco e saiu do Algarve com uma vitória: a primeira para o campeonato, em 2025. E ficou mais perto do líder Sporting.
Anselmi fez várias mudanças: com jogo na quinta, em Roma, decisivo para seguir em frente na Liga Europa, o treinador argentino promoveu seis alterações, com saída de nomes como Samu e Alan Varela.
Do lado do Farense, a necessitar urgentemente de pontos na luta pela manutenção, Tozé Marreco também decidiu mexer, alterando três jogadores.
Mas o facto é que a primeira parte esteve longe de ser bem jogada. De parte a parte. As ocasiões de golo escassearam e o equilíbrio foi a tónica.
O FC Porto teve mais bola, mas foi uma posse inconsequente; quanto ao Farense, ia espreitando o contra-ataque, essencialmente através de Yusupha, o jogador mais em evidência no lado dos algarvios.
A melhor chance, de toda a primeira parte, onde houve zero remates à baliza, terá sido o remate de Fábio Vieira, já no período de descontos que saiu pouco ao lado do poste de Ricardo Velho.
O segundo tempo começou logo de forma diferente. Na sua primeira grande ocasião, o FC Porto chegou à vantagem. Fábio Vieira bateu um livre e Francisco Moura marcou de cabeça, colocando os dragões na frente do marcador.
Em 2025, nunca o FC Porto tinha estado em vantagem num jogo para o campeonato, algo que diz muito do que têm sidos os últimos tempos dos azuis e brancos.
Era um novo teste à equipa de Martin Anselmi que… foi cumprido. O Farense cresceu um pouco no jogo, podia ter empatado perto do final, mas valeu Diogo Costa que tirou um cabeceamento de Falcão em cima da linha de golo.
No dia das homenagens, o FC Porto deixou mais uma ao histórico presidente Pinto da Costa. Esta, arrisco, aquela que o faria mais feliz: uma vitória.
Fonte: Mais Futebol