Filas de camiões na fronteira de Machipanda criam caos aos automobilistas da EN6

0
7
A fronteira de Machipanda voltou a registar enchentes de camiões fora do comum nos últimos dias. As filas chegam até a cidade de Manica, a quase 16 quilómetros de distância. Sobre o assunto, as autoridades alfandegárias fecham-se em silêncio enquanto os utentes pedem solução imediata.

É caso para dizer que uma viagem pela Estrada Nacional nº 6, que liga a cidade da Beira a fronteira de Machipanda, só se torna confortante devido às boas condições da via. No entanto, o stress começa a partir do distrito de Manica, com enchentes de camiões que pretendem atravessar para o vizinho Zimbabwe. Automobilistas são obrigados a seguir viagem em contra-mão.

Os utentes, sobretudo camionistas que atravessam para o Zimbabwe e os países do hinterland, pedem solução para o problema.

“Estamos cansados de filas, cansados mesmo. Não sabemos o que está a acontecer, se é problema do Zimbabwe ou das Alfândegas, mas as filas inquietam-nos”, disse um dos utentes.

Outro utente referiu que a situação é derivada da demora no processamento da documentação no lado moçambicano da fronteira de Machipanda, até mesmo porque “no vizinho não temos documentos que nos fazem demorar, porque nós só passamos o TIP, carimbamos o nosso passaporte e atravessamos”, disse.

A situação das enormes filas de camiões complicam a vida de muitos automobilistas, que chegam a ficar dias para atravessar a fronteira. “São dois dias na bicha, e para além disso chega aqui também, você apanha multa atrás de documentos e não sei o quê outras coisas. Você tem que ficar dois dias no porto da Beira”, reclamou um dos automobilistas.

O assunto de enchentes na fronteira de Machipanda, segundo os automobilistas, está a ser levado de ânimo leve, até porque tem estado a contribuir, nos últimos dias, para a ocorrência de acidentes de viação, segundo revelam os utentes.

“Eu, de noite, quase entrei na vala, mas tenho que continuar a esperar para poder viajar e chegar na fronteira para ir a Harare. O cliente, basta dizer que tem que sair, eu tenho que sair. E porque há muita pressa, isso acaba provocando acidentes. Mas é preciso evitarmos isso”, disse. 

Recentemente, o presidente zimbabweano passou pela fronteira de Machipanda e viu enchentes de camiões do lado moçambicano, que perfaziam cerca de 13 quilómetros. Emmerson Mnangagwa interagiu, por causa desse mesmo assunto, com as autoridades alfandegárias dos dois lados, mas volvidos cerca de 10 dias, nada mudou no terreno.

Fonte: O País

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, digite seu nome aqui
Por favor digite seu comentário!