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FMI Alerta: Guerra Comercial Representa Ameaça Maior do que a COVID-19 para Bancos Centrais dos Mercados Emergentes

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que os efeitos de uma guerra comercial representam um desafio mais complexo e disruptivo para os bancos centrais dos mercados emergentes do que o choque causado pela pandemia de COVID-19, devido à natureza imprevisível e fragmentada das tarifas comerciais e seus impactos assimétricos nas economias em desenvolvimento.

Segundo Gita Gopinath, primeira subdirectora-geral do FMI, os bancos centrais dos países em desenvolvimento enfrentam um ambiente mais exigente e incerto em contexto de guerra comercial, comparativamente ao cenário pandémico, em que a resposta monetária pôde ser mais rápida e coordenada.

“Desta vez o desafio será maior do que durante a pandemia”, afirmou Gopinath, em entrevista ao Financial Times, sublinhando que os efeitos das tarifas impostas em guerras comerciais são difíceis de antecipar e profundamente diferenciados entre sectores e geografias, o que dificulta o desenho de políticas monetárias eficazes.

Durante a crise pandémica, os bancos centrais emergentes actuaram com relativa liberdade, cortando taxas de juro e injectando liquidez para conter o choque. No entanto, as tensões comerciais actuais — como as entre os Estados Unidos, China e parceiros estratégicos — provocam perturbações prolongadas e instabilidade nos fluxos de comércio, investimento e preços.

Implicações para Moçambique e Economias Africanas

Países como Moçambique, com elevada exposição a exportações de matérias-primas e forte dependência de bens importados, podem ser duplamente penalizados num contexto de guerra comercial prolongada. A volatilidade dos mercados financeiros, a inflação importada e a deterioração das contas externas são riscos que limitam a eficácia das políticas monetárias domésticas.

O alerta do FMI reforça a necessidade de fortalecer a coordenação macroeconómica, diversificar os mercados de exportação e reduzir a dependência de cadeias de fornecimento vulneráveis, sobretudo em sectores estratégicos como o agro-alimentar, a energia e a tecnologia.

Fonte: O Económico

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