Futuras Guerreiras do Índico prontas para brilhar na Namíbia nos jogos da AUSC

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A seleção feminina de basquetebol sub-16 realizou neste domingo, 29 de Junho, no campo do Costa do Sol, o último treino de preparação para os jogos do campeonato regional da categoria da Zona 5 da African Union Sports Council (AUSC), que vai decorrer entre os dias 03 a 14 de Julho, na cidade de Windhoek, na Namíbia.

Por Neyma dos Santos e Vanildo Polege

Com o objectivo de fazer história nos Jogos da AUSC, conquistando o troféu e medalhas individuais, a seleção feminina Sub-16 parte  para Namíbia esta segunda-feira, 30 de Julho, após uma preparação intensiva que durou mais de três meses, a equipa composta por doze atletas,  provenientes de vários clubes de Moçambique, mostra-se fisicamente preparada não só para representar condignamente o país, mas também para conquistar um lugar no AfroBasket à realizar- se em Setembro,no Ruanda.

Moçambique vai estrear-se na competição no dia 05 de Julho frente á anfitriã, Namíbia e na segunda jornada defronta a congénere da África do Sul e na terceira jornada bate-se com a Angola.

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Marvin Cossa, Selecionador Nacional Sub-16, mostrou -se positivo quanto a prestação das futuras Guerreiras do Índico e revelou que o combinado nacional pretende melhorar a imagem de Moçambique na competição.

“Hoje foi o último treino que fizemos em Moçambique, nos preparamos durante cinco meses, começamos em fevereiro. E acredito eu que estamos preparados para o torneio. Melhorar a última classificação, queremos subir, e subir implica ir ao pódio. E qualificar a equipa para o AfroBasket de Sub-16 em setembro. Começamos em fevereiro, entramos em contato com a maior parte dos clubes dentro de Maputo, fora de Maputo”.

De acordo com Cossa, o processo de escolha das atletas para fazerem parte da seleção,decorreu de maneira gradual, com o auxílio de olheiros divididos em várias pontos do país para que a seleção tivesse representatividade.

“Recebemos vídeos de algumas atletas, não conseguimos receber de todos, mas algumas atletas.E conseguimos selecionar, achamos que veio uma avalia e tem qualidade para estar dentro do grupo, a Noemi Vianna, que joga no Ferroviário da Beira. Gostaríamos de ter avaliado mais, mas não foi possível, não recebemos tantos vídeos como era esperado. E também a mensagem, acredito eu, que não chegou para vários outros clubes, mas conseguimos o que pudemos. O nosso primeiro adversário é a equipa da casa, a Namíbia, e acreditamos que temos em mente que não vai ser fácil, estão em casa, mas estamos preparados para este primeiro jogo, e o jogo que subsegue, acredito que é a África do Sul, e na terceira jornada vamos medir forças com a Angola”.

Por seu turno, Noemy Viana,jogadora do Ferroviário da Beira,afirmou que sente-se orgulhosa por ter sido escolhida para integrar a equipa e representar o país e que apesar do grande nível de competitividade,espera conseguir arrecadar medalhas individuais.

“Tem sido um pouco difícil, pois sou a única que vem de uma outra equipa, que não seja daqui de Maputo, e não foi um pouco complicado por conta dos sistemas, mas dei meu máximo e já estou enquadrada na equipe. É um orgulho, pois não esperava que estivesse aqui a representar a seleção, sabendo que sou a única da Beira, tem muitas outras que também queriam a mesma oportunidade, então estou muito feliz por essa oportunidade, por ter alcançado os meus objetivos, pois algumas jogadoras só conseguem representar nenhum país, sendo já maiores de idade, nos sêniores, e eu consegui aos 16 anos, então é um orgulho para mim e para os meus pais também. Darei meu máximo, gostaria de conseguir algum prêmio, mas sei que para isso terei que trabalhar muito, pois não sou a única menina que pretende alcançar algum prêmio. A preparação nos trouxe muito fácil, mas com tempo e com muito esforço nós vamos aguentando”.

Por outro lado,a capitã da equipa,declarou que o processo de preparação para os jogos da AUSC não tem sido fácil,mas a equipa está convicta de que a equipa dará o seu melhor na Namíbia.

“Me sinto vitoriosa, pois é uma honra estar a representar a seleção, a representar o Moçambique, pois muitas atletas da minha idade queriam estar no meu lugar, e eu consegui estar aqui, então é uma honra para mim. Nossos objetivos são representar bem o nosso país, voltar de Namíbia a vitórias e qualificar para o jogo que vai acontecer em Ruanda. Eu quero muito ganhar um dos prêmios que serão dados lá, eu sei que quase todas as minhas colegas têm esse objetivo, mas eu vou trabalhar”.

Paulo Mazivila, presidente da Federação Moçambicana de Basquetebol,marcou presença no treino das futuras Guerreiras do Índico com o intuito de amparar e sublinhar o apoio da FMB à seleção nacional sub-16.

A Federação já vem preparando esta seleção há bastante tempo, na verdade há aproximadamente três meses. O objetivo, de facto, nestes Jogos de AUSC é trazer medalhas e trazer a taça, por isso juntamos esta seleção com muito tempo de antecedência, para a equipa ficar sincronizada, sobretudo porque algumas jogadoras vêm das províncias e era importante que houvesse esse encontro delas todas e estivessem a treinar por muito mais tempo”. O objetivo, na verdade, não há mais do que trazer medalhas e trazer a taça para o Mozambique. Primeiro é trazer as medalhas e a taça e qualificar ao AfroBasket, porque esta seleção é uma seleção muito forte, são as futuras Guerreiras do Índico e nós acreditamos que elas vão fazer de tudo para poder-nos honrar. Nós, como Federação, priorizamos bastante os escalões de formação, tanto quanto que já há um projecto agora por implementar a nível da Zona Centro e da Zona Norte, que é haver jogos de controle das seleções Centro e Norte e, sobretudo Sul, é onde se joga mais, então, nós queremos apostar neste cruzamento entre Centro e Norte nas seleções de sub-16 para vermos o que é que está a surgir, quais são as atletas que estão a surgir com maior potencial para podermos ter um maior controle delas e assim vai.

Os jogos da AUSC -R5 são um evento multidesportivo promovido pela União Africana e destinam-se aos jovens e adolescentes dos 15 aos  19 anos de idade e representam uma plataforma de desenvolvimento do desporto e intercâmbio sócio -cultural regional. (LANCEMZ)

Fonte: Lance

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