PAULO DA CONCEIÇÃO, em Addis Abeba
O GOVERNO está a trabalhar para recuperar a economia e, com isso, reduzir o custo de vida, através da implementação de medidas estruturantes, antecedidas de uma avaliação para se aferir a viabilidade da sua adopção a curto prazo.
O Presidente da República, Daniel Chapo, deixa, no entanto, claro, que tais medidas só serão viabilizadas se houver paz, segurança, harmonia social, económica e política, exortando, por isso, os moçambicanos a não destruir o seu próprio património.
Do rol de medidas destinadas a estabilizar a economia, apontou o pagamento do 13º aos funcionários públicos correspondente a 50 por cento do salário-base; em 100 por cento para os pensionistas, enquanto os do mais alto nível não foram contemplados.
“O Estado é o maior empregador e temos a certeza de que a injecção desse dinheiro na economia vai aliviar a pressão da vida dos funcionários e famílias”, disse.
Chapo, que falava ontem em Addis Abeba, Etiópia, numa conferência de imprensa de balanço da participação de Moçambique na 38ª Sessão Ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), referiu que o Executivo está a avaliar a possibilidade de retirar o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) em alguns produtos essenciais, que inclui arroz, açúcar, óleo e feijão.
“Este imposto encarece os produtos e quando falamos do custo de vida estamos a falar principalmente da alimentação. Nas próximas sessões do Conselho de Ministros iremos anunciar o que conseguimos para aliviar o custo de vida”, garantiu.
Ainda nas medidas em análise está também o custo dos combustíveis, sabido que Moçambique não é produtor e, por isso, o seu preço não depende apenas do país. Todavia, é preciso eliminar-se os aspectos que na definição do preço encarecem o produto e consequentemente toda a cadeia até ao último consumidor.
O Presidente explicou também que o Governo está a criar um fundo de desenvolvimento económico e social, que vai possibilitar que os jovens, sobretudo, tenham mais emprego e criem negócios.
Garantiu ainda que foi feito o levantamento das empresas e empresários afectados pelas manifestações violentas.
Fonte: Jornal Noticias