Gemfields Vende Fabergé por 50 Milhões de Dólares à SMG Capital

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A Gemfields, produtora mundial de pedras preciosas de cor e operadora da Montepuez Ruby Mining em Moçambique, anunciou a venda da sua marca de luxo Fabergé à empresa norte-americana SMG Capital LLC por 50 milhões de dólares. A operação, que deverá ser concluída a 28 de Agosto, reforça a estratégia da Gemfields de se concentrar exclusivamente nas suas operações mineiras, fortalecendo a liquidez e a capacidade de investimento em projectos nucleares.

A transacção prevê que 45 milhões de dólares sejam pagos no fecho do negócio, com os restantes 5 milhões a serem pagos sob a forma de royalties trimestrais correspondentes a 8% da receita da Fabergé. A venda não está sujeita a aprovação regulatória, o que deverá acelerar a sua conclusão.

A decisão surge na sequência de uma revisão estratégica iniciada em Dezembro de 2024 e temporariamente suspensa para permitir a realização de um aumento de capital em Junho deste ano. Para Sean Gilbertson, CEO da Gemfields, esta é “o fim de uma era”, sublinhando que a Fabergé desempenhou um papel essencial na valorização das pedras preciosas extraídas pela empresa, em especial no reforço da sua presença no segmento de luxo.

Sergei Mosunov, CEO e proprietário da SMG Capital, afirmou sentir-se “honrado” por se tornar guardião de uma marca com um património cultural e histórico único, destacando as oportunidades de expansão no mercado global de luxo e reafirmando o compromisso com a joalharia, acessórios e relojoaria.

Os recursos provenientes da venda serão aplicados como capital de exploração, sobretudo para acelerar a entrada em funcionamento da nova central de processamento da Montepuez Ruby Mining, em Moçambique, e expandir progressivamente a produção na mina de esmeraldas de Kagem, na Zâmbia, suspensa no primeiro semestre de 2025.

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p dir=”ltr”>Apesar do prestígio, a Fabergé apresentava, a 31 de Dezembro de 2024, activos líquidos avaliados em 50,35 milhões de dólares, mas com perdas operacionais anuais de 5,7 milhões de dólares e prejuízo líquido de 11,27 milhões de dólares, reforçando a racionalidade económica da decisão.

Fonte: O Económico

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