Começou com as manifestações pós-eleitorais, em Dezembro, e evoluiu para uma acção direccionada de invasão e roubo nas minas de pedras preciosas e semi-preciosas, na província de Nampula.
Nas minas situadas em Mogovolas e Moma extrai-se turmalinas, águas-marinhas e outras gemas com valor comercial considerável. Talvez seja por isso que é um grande foco de garimpo, com histórico de roubos e assassinatos à mistura.
O Estado moçambicano tem sido lesado com o contrabando e não sabe calcular quanto perde, exactamente, explicou Castro Elias, Secretário-Executivo da UGPK.
Tanto no país, como fora, há indícios de existência de uma rede muito forte de contrabando de recursos minerais de grande valor no mercado internacional. O caso dos 300 quilogramas de turmalinas roubados em Dezembro numa das minas em Nampula pode ser uma das evidências.
Ainda há dúvidas neste caso, mas gemas como rubis, turmalinas e águas-marinhas já foram identificadas em Bangkok, na Tailândia, sem registo de saída legal de Moçambique.
Um edifício inaugurado esta segunda-feira, na cidade de Nampula, é o entreposto comercial de diamantes, metais preciosos e gemas e tem a missão de controlar e gerir todo o processo de comercialização desses recursos minerais.
Fonte: O País