Por: Gentil Abel
O Governo reafirmou a sua disponibilidade em assegurar a continuidade da Mozal no país, defendendo que a segurança energética da maior exportadora nacional deve ser garantida pela Electricidade de Moçambique (EDM). A posição foi apresentada como parte do esforço de consolidar os interesses estratégicos do país e fortalecer o papel da empresa estatal no sector elétrico.
Segundo o porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, a prioridade do Executivo é assegurar que a Mozal continue a operar, mas de forma alinhada com os objetivos nacionais. “É do nosso interesse que a Mozal continue a ter energia suficiente. É também do interesse do governo que a EDM se torne o fornecedor de energia”, declarou, lembrando que a empresa não só emprega milhares de moçambicanos como também contribui com impostos e divisas para o orçamento do Estado.
Actualmente, a energia que alimenta a fundição de alumínio é fornecida pela sul-africana Eskom, através de um contrato que expira em março de 2026. Para o governo, é chegado o momento de transferir essa responsabilidade para a EDM, assegurando não apenas a sustentabilidade da indústria, mas também a soberania energética nacional.
A assinatura de um contrato direto entre a Mozal e a EDM permitiria aumentar a confiança dos investidores e reduzir a dependência de acordos externos que, em muitos casos, limitam os benefícios diretos para Moçambique.
No entanto, o governo garante que está empenhado em encontrar soluções que mantenham a competitividade da Mozal, mas deixa claro que o futuro da empresa no país deve estar alinhado com os interesses nacionais. A aposta na EDM é vista como um passo estratégico para consolidar a autonomia do setor energético, salvaguardando, em simultâneo, os ganhos económicos e sociais que a Mozal proporciona.
