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HCB Celebra 18 Anos de Gestão Moçambicana com Eficiência Recorde e Ambição de se Tornar a Maior Central Eléctrica da Região

Resumo

A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) celebra 18 anos de gestão moçambicana, destacando-se pelo seu impacto social, eficiência técnica acima de 90% e visão estratégica de atingir 4.000 MW até 2035. Com mais de 134 mil milhões de meticais entregues ao Estado, a HCB é crucial para a segurança energética de Moçambique e da África Austral. A empresa mantém infraestruturas operacionais há 50 anos, com eficiência acima de 90%, contribuindo significativamente para a economia nacional. O Presidente do Conselho de Administração da HCB, Tomás Matola, destaca a transformação da empresa em uma das mais eficientes e rentáveis de Moçambique desde a sua reversão em 2007. Matola elogia o capital humano moçambicano pela excelência operacional da HCB.

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p style="margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial">Com mais de 134 mil milhões de meticais entregues ao Estado, eficiência técnica acima de 90%, forte impacto social e uma visão estratégica de 4.000 MW até 2035, Cahora Bassa reforça-se como pilar da segurança energética de Moçambique e da África Austral.

A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) celebra 18 anos de gestão plenamente moçambicana com um desempenho que ultrapassa a esfera energética para se afirmar como vector central do desenvolvimento económico nacional. Com infra-estruturas que operam há meio século, mas que mantêm eficiência técnica acima de 90%, um contributo económico superior a 134 mil milhões de meticais para o Estado e investimentos sociais de grande escala, a empresa demonstra maturidade operacional e ambição estratégica. O horizonte 2035 projeta a expansão da capacidade instalada para 4.000 MW, consolidando Moçambique como hub energético da África Austral.

Os 18 anos de gestão nacional constituem um marco na história económica do País. Tomás Matola, Presidente do Conselho de Administração da HCB, recorda que, desde a reversão em 2007, Cahora Bassa se transformou numa das empresas públicas mais eficientes e rentáveis de Moçambique. No balanço apresentado, destacou a longevidade e resiliência das infra-estruturas, que mantêm um desempenho exemplar mediado pela disciplina de manutenção e pela competência técnica dos quadros nacionais.

“Recebemos o empreendimento há 18 anos, com o parque electroprodutor composto por cinco grupos de 415 MW cada, totalizando 2.300 MW. Todas estas infra-estruturas têm 50 anos de vida, mas continuam a operar com uma eficiência superior a 90%”, afirmou Matola.

O PCA fez questão de homenagear o contributo do capital humano moçambicano: “São trabalhadores moçambicanos que garantem este nível de eficiência. Gostaria de homenageá-los, pois operam e gerem a empresa em todas as vertentes.”

Contributo Económico e Impacto Nacional

Desde 2007, Cahora Bassa entregou ao Estado cerca de 134 mil milhões de meticais — o equivalente a aproximadamente 2,1 mil milhões de dólares — através de impostos, taxas e dividendos, facto que posiciona a empresa como um dos maiores contribuintes individuais do País.

Esse desempenho económico está intrinsecamente ligado à reversão, que permitiu a Moçambique assumir o controlo sobre uma das infra-estruturas estratégicas mais relevantes da África Austral.

Responsabilidade Social: Transformar Territórios e Vidas

O impacto da HCB vai muito além da energia. A empresa tem investido em sectores essenciais como saúde, educação, desporto, água, humanitarismo e infra-estruturas territoriais. No sector da saúde, destacam-se os hospitais de Cahora Bassa, Zumbo, Moeda e Gaza, bem como centros de saúde em Wiriamo e Pafura. No sector da educação, só em 2024 foram entregues três mil carteiras escolares.

A empresa tem ainda contribuído para a reabilitação de vias estruturantes, incluindo os 117 quilómetros da N301 e o troço Chitima–Maroeira.

Uma das iniciativas emblemáticas é o Projecto do Mar, em Chitima, um complexo agro-industrial integrado com actividades de produção de cereais, pecuária, avicultura, piscicultura, agro-processamento, furo de água e um parque solar entre 10–12 MW. “Este projecto já está a fornecer água à vila e as unidades de produção estão a funcionar”, afirmou o PCA.

No âmbito do bem-estar laboral, a empresa concluiu a construção de 314 casas, substituiu todas as infra-estruturas habitacionais obsoletas, criou serviços sociais completos e prepara uma cooperativa de crédito interna para reduzir custos de financiamento à habitação e ao consumo. “Queremos que os trabalhadores estejam motivados para manter este empreendimento nos próximos 50 anos.”

Desafios: Baixa Hidraulicidade e Pressão Sobre as Receitas

O PCA não ignorou o principal desafio actual: a crise hídrica. “Estamos a cerca de 25% de armazenamento. Reduzimos a produção para um terço no início do ano e isso condicionou as receitas. Os resultados de 2025 não serão os mesmos.”

Ainda assim, as previsões meteorológicas indicam chuvas normais ou acima do normal, o que poderá permitir a recuperação gradual da capacidade produtiva.

Oportunidades Regionais e Projectos Estruturantes

O défice energético regional ultrapassa 10.000 MW, com a África do Sul a registar um gap superior a 8.000 MW. Este cenário coloca Moçambique numa posição estratégica, graças à sua localização e potencial renovável.

A HCB está a desenvolver dois projectos estruturantes:

Central Norte de Cahora Bassa, com 1.245 MW distribuídos por três novos grupos geradores de 415 MW cada;
Projecto Solar Fotovoltaico de 400 MW, actualmente em estudos de viabilidade.

Visão Estratégica 2026–2035: A Ambição dos 4.000 MW

A visão do próximo ciclo é clara e ambiciosa. “Nos próximos dez anos queremos atingir uma capacidade de 4.000 MW. É a nossa visão, é o nosso sonho, e queremos contar com o apoio do Governo”, afirmou Tomás Matola.

Com esta estratégia, Moçambique poderá não apenas reforçar a sua segurança energética, mas também posicionar-se como o maior exportador de energia limpa da África Austral.

Os 18 anos de gestão moçambicana da HCB demonstram que Cahora Bassa é hoje uma empresa madura, eficiente e estrategicamente posicionada para liderar o futuro energético do País e da região. Entre desafios climáticos, fortes exigências de investimento e oportunidades regionais inquestionáveis, a empresa projecta uma visão industrial de longo prazo que combina ambição, responsabilidade social e compromisso nacional profundo.

Fonte: O Económico

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