Teve lugar, há dias, na cidade de Maputo, a reunião de partida do projecto multicêntrico “Ndovu”, a ser implementado brevemente pelo Instituto Nacional de Saúde (INS), com o objectivo de optimizar o manuseio de pacientes com resistência ao Dolutegravir (DTG), uma droga usada como tratamento de primeira linha em pessoas vivendo com HIV/SIDA.
Segundo a líder do projecto, Nália Ismael, o encontro tinha como finalidade engajar as partes interessadas, de modo a garantir uma implementação fluída e de alta qualidade. Trata-se duma iniciativa composta por um estudo coorte e um ensaio clínico, financiados pela Fundação Gates e que vão decorrer em Moçambique, Tânzania, Quénia e Lesoto.
“O estudo coorte pretende avaliar se há supressão viral após apoio psicossocial para maior adesão de pessoas em tratamento com um regime à base de DTG. Por sua vez, o ensaio clínico pretende avaliar a eficácia e a segurança de um regime à base de DTG em comparação com um regime que contém o Darunavi/ritonavir (DRV/r).
Por sua vez, a Chefe do Departamento de Coordenação e Gestão da Investigação em Saúde no INS, Júlia Sambo, que dirigiu a abertura da reunião, saudou o potencial do projecto e promoveu a condução de pesquisa de alta qualidade à luz dos requisitos da Lei 6/2023, Lei de investigação em saúde humana, de modo que o projecto possa gerar evidência para influenciar políticas de saúde.
Ao longo do encontro, que durou três dias, realizaram-se sessões de capacitação e discussão, com o objectivo de preparar as equipas para desenvolver as actividades em conformidade com boas práticas clínicas e princípios éticos.
Participaram no encontro membros da equipa operacional, representantes de parceiros estratégicos para implementação do projecto, entre os quais unidades sanitárias, direcções provinciais, serviços provinciais de saúde, programa do HIV/SIDA e ITSs, para além dos investigadores do projecto.
Fonte: INS
