Por: Alfredo Júnior
A Inteligência Artificial (IA) está a transformar a forma como a saúde e o bem-estar são geridos em diferentes partes do mundo. De aplicações que monitorizam o sono e a atividade física a plataformas que oferecem apoio psicológico digital, a tecnologia deixou de ser uma promessa distante para se tornar parte da rotina de milhões de pessoas.
Estudos recentes indicam que, só nos Estados Unidos, mais de um terço da população já utiliza ferramentas de IA para organizar a dieta, acompanhar níveis de stress ou planear hábitos de vida saudáveis. Na Europa e na Ásia, cresce o número de hospitais e clínicas que recorrem a algoritmos de apoio ao diagnóstico, especialmente em doenças cardiovasculares, diabetes e oncologia.
A Organização Mundial da Saúde acompanha este movimento com atenção e tem vindo a sublinhar a importância de definir normas éticas para proteger dados sensíveis e garantir que a tecnologia não substitui o acompanhamento médico. Especialistas reconhecem que a IA pode democratizar o acesso a cuidados, sobretudo em regiões remotas, mas alertam para o risco de agravar desigualdades em países onde a infraestrutura digital continua limitada.
Apesar dos desafios, a tendência global é clara: a Inteligência Artificial consolida-se como ferramenta complementar na promoção da saúde e do bem-estar. Médicos e investigadores defendem que, usada com responsabilidade, a tecnologia pode ser decisiva na prevenção de doenças, na melhoria da qualidade de vida e na resposta a crises de saúde pública.