Por: Alfredo Júnior
A Itália voltou a destacar-se como um dos principais parceiros internacionais de Moçambique no sector da saúde, com anúncios recentes que reforçam o alcance e a diversidade da cooperação.
Em agosto de 2025, o governo italiano comprometeu-se a contribuir com 250 milhões de euros para o próximo ciclo da Aliança Global para Vacinas (Gavi), entre 2026 e 2030. Convertido para dólares norte-americanos, o montante ultrapassa os 290 milhões, representando um aumento de 25% em relação ao apoio anterior. Embora seja um fundo global destinado a vários países, Moçambique está entre os principais beneficiários, no quadro do alargamento da cobertura vacinal.
Paralelamente, em 2024, a Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento (AICS) destinou cinco milhões de euros a um programa específico para Moçambique, centrado na prevenção e controlo de doenças não transmissíveis, como hipertensão e diabetes, com incidência nas províncias de Sofala, Zambézia e Maputo.
A cooperação bilateral não se restringe ao sector da saúde. Em junho de 2025, a Embaixada de Itália em Maputo revelou que o país mantém uma carteira de 300 milhões de euros em projetos de cooperação ativos em Moçambique, abrangendo áreas como agricultura, educação, saúde e digitalização.
Estes anúncios confirmam a estratégia italiana de reforçar a presença em África, combinando investimentos multilaterais com apoios bilaterais mais focados, num momento em que Moçambique enfrenta o desafio de melhorar a resiliência do seu sistema de saúde e responder às crescentes necessidades da população.
Fonte: O país