O Secretário de Estado em Gaza ameaça revogar Duats de operadores de fauna bravia acusados de bloquear vias, protagonizar ameaças às populações e desmandos na zona de Mavué, no distrito de Massangena. Jaime Neto exige correção das empresas em dois dias, caso contrário promete medidas duras.
Os gestores da Muthemba e Gaza Safari, no distrito de Massangena, são acusados de bloquear vias de acesso, comprometendo a mobilidade e segurança de turistas e residentes de Mavué, que se queixam de ameaças e represálias quando procuram resolver o problema.
A população denunciou o caso ao secretário de Estado de Gaza, que prometeu, nesta sexta-feira, repor a ordem.
“Agora já estão a plantar árvores. Há muita gente que vem para aqui e quer ver animais. Os que estão a explorar Muthemba Safari e Gaza Safari estão a desafiar a autoridade do Estado. Não vou brincar com alguém que queira brincar com o poder do Estado na nossa província”, frisou Jaime Neto.
Após constatar de perto a gravidade da situação, Jaime Neto convocou um encontro em Mavué para, entre outros, ouvir a contraparte e desenhar soluções para ultrapassar o impasse que tem provocado mau ambiente até entre os operadores bravios. No entanto, sem justificação prévia, os visados não compareceram.
“Então a nossa reunião fica prejudicada por ausência desses, pessoalmente, na minha capacidade de secretário de Estado, vou tomar decisões, porque não pode aparecer alguém a minimizar as estruturas locais e da província só porque tem um Duat” , declarou.
Face ao cenário, o secretário de Estado em Gaza intimou as duas empresas para um encontro na segunda-feira no seu gabinete de trabalho.
“Se não vieram na segunda-feira, a partir da segunda-feira, estamos a incentivar todos os esforços para garantir que a ordem aqui na província de Gaza seja restabelecida. Quem dá a terra neste país é o Estado, e se você não vai de acordo com aquilo que o Estado prevê, nós podemos retirar a terra”.
Resta, agora, saber se os visados vão ou não acatar, antes que cheguem às sanções. Enquanto isso, os fazendeiros bravios apontam para o aumento de incursões dos caçadores furtivos e a ausência de condições operacionais para uma resposta à altura dos criminosos.
“Neste preciso momento desafia-nos o aumento das incursões dos caçadores furtivos”, avançou Peirs Bils, um dos Operadores Bravio de Massangena.
No entanto, Mário Mavule, também operador, explicou que “pedimos a aprovação da solicitação de licenciamento e posse de armas porque trabalhamos desprovidos. Sendo que os criminosos andam armados”
À estás inquietações, Neto fez as seguintes observações: “Através do comando distrital, podem trabalhar no sentido de licenciar a utilização de drones nesta área, para ver quem é que anda a prejudicar o trabalho que vocês estão a fazer a reparação de fauna bravia”.
O secretário de Estado falava durante uma visita de trabalho ao distrito de Massangena, incluindo Mapai, no norte de Gaza.
Fonte: O País