O ministro dos Transportes e Logística promete para breve a redução dos preços das passagens nos voos da LAM. João Matlombe falava, hoje, durante uma visita ao Aeroporto Internacional de Maputo.
Com a compra de duas das seis aeronaves prometidas pelo Governo para a LAM, o ministro dos Transportes e Logística promete, para breve, melhorias na experiência de viajar na companhia aérea, embora não tenha assumido datas.
“Nós nos comprometemos a adquirir seis aeronaves, ainda não adquirimos as seis aeronaves, mas já abrimos uma operadora que está a funcionar e vai melhorar a competitividade e vai baixar as tarifas. Portanto, isso vai ser um processo natural. O regulador está a trabalhar nesse sentido. As pessoas vão sentir os benefícios (…) redução da tarifa, aumento de viagens, já há competitividade agora”, disse João Matlombe, ministro dos Transportes e Logística.
João Matlombe esteve, nesta terça-feira, no Aeroporto Internacional de Maputo e exigiu aos gestores menos burocracias alfandegárias no terminal internacional.
“Nós também queremos ser iguais aos outros países, e esses países são mais desenvolvidos e coletam mais impostos do que nós (…) Com tudo isto, é onde temos mais fugas, somos mais pobres, mesmo com todo o aparato que nós temos. Então, qual é a justificação que nós temos de tanta a gente a dizer que queremos controlar o fisco, se o controlo não resulta, claramente, em benefício para o Estado”, questionou.
Os gestores acolheram a recomendação, não perderam a oportunidade e queixaram-se da liberdade dada aos passageiros com passaportes prioritários.
“Ele é diplomata quando exerce, mas as pessoas quando chegam aqui o filho, o neto e todos são diplomatas. E quando vem com quatro, cinco ou seis malas não se pode fazer nada, porque ele mostra logo o passaporte. Então, eu também fico triste, porque o meu povinho que não tem essa legislação temos que cobrar direito, mas qual é o exemplo que meu dirigente dá”, reclamou Fátima Carvalho das Alfândegas.
Em resposta à queixa, Matlombe fala da necessidade de regulamento específico.
“Isso tem que se regular. As alfândegas têm que colocar esta preocupação, regulem, porque o passaporte protocolar não para isso. Há excessos. Estamos a castigar pobres por causa disso. 90% são pessoas pobres, não pessoas que têm condições, são pessoas que usam o passaporte normal”.
Do aeroporto, Matlombe seguiu para o terminal rodoviário interprovincial da Junta, ainda na cidade de Maputo, onde apelou aos condutores para maior prudência nesta quadra festiva de modo a evitar acidentes que ceifam vidas.
“Vamos continuar a controlar, sobretudo, as partidas, para garantir que os motoristas estão devidamente habilitados para conduzir e que estão a respeitar a lotação. As equipas de fiscalização ao longo da Estrada Nacional também continuam a monitorar (…) Decidimos também dar tolerância zero à superlotação e excesso de velocidade”, garantiu.
Sobre a Estrada Nacional Número 1, Matlombe assegura reabilitações em troços críticos, enquanto aguarda-se por recursos para intervenções mais profundas.
Fonte: O País