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Tuesday, October 21, 2025
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Jovens da Renamo querem eleições antecipadas

O LÍDER da juventude da Renamo, Ivan Mazanga, propôs a marcação de um Conselho Nacional alargado do partido, a decorrer já no primeiro trimestre de 2026, para antecipar a eleição do novo presidente daquela força política.

“A Liga da juventude propõe a este Conselho Nacional que marque uma sessão do conselho nacional alargado até ao primeiro trimestre de 2026, com a finalidade de elegermos um candidato às presidenciais de 2029”, disse.

Para o presidente do movimento juvenil partidário, a eleição atempada do líder do partido permitiria à Renamo apresentar-se ao povo “relançando” a sua imagem.

A juventude da Renamo sugeriu ainda a marcação de um congresso extraordinário do partido, isto pela profundidade dos problemas que a “perdiz” atravessa.

“Olhos nos olhos, com honestidade, assumamos que o nosso partido não está bem. Não estamos bem não apenas no nosso relacionamento interno, mas também no nosso relacionamento com o povo”, disse Mazanga, durante a reunião do conselho nacional do partido, que decorreu na província de Nampula.

Para Mazanga, a crescente onda de contestação ao presidente do partido, Ossufo Momade, com ex-guerrilheiros a encerrar sedes e delegações, não deve orgulhar a ninguém do partido, daí a necessidade de ter que resolver os problemas internos.

A Renamo perdeu o estatuto da segunda força política mais votada nas eleições do ano passado, passando de 60 deputados, nas legislativas de 2019, para 28. Desde então, cresceu uma onda de contestação ao actual líder do partido, com os desmobilizados a encerrar sedes e delegações, exigindo a realização de uma reunião na qual pretendiam a destituição de Ossufo Momade.

Ossufo Momade, reeleito para um segundo mandato de cinco anos em 2024 e que já disse que não se volta a candidatar ao cargo, é também acusado de alegada “má gestão”, falta de pagamento de pensões e subsídios, e de “incompetência total” face à crise no partido.

“A essência nunca foi apenas governar a Renamo, mas sim trazer soluções para servir o povo moçambicano no seu todo. Precisamos discutir o assunto do nosso partido com o realismo, e o realismo nos manda dizer que o pior do que não sermos o primeiro lugar nas eleições de 2024 é termos reduzido os assentos de forma histórica”, afirmou.

Apelou ainda aos membros da Renamo que se unam e parem de encerrar as instalações do partido, bem como a parar com suspensões de membros – “como partido político precisamos de incluir e não excluir”.

Entretanto, Ossufo Momade, que assumiu a presidência da Renamo em Janeiro de 2019, após a morte de Afonso Dhlakama (1953-2018), e foi reeleito para o cargo em Maio de 2024, num processo fortemente contestado internamente, já veio dizer que não irá renunciar à presidência do partido.

 

Fonte: Jornal Noticias

 

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