Jovens defendem sua participação no diálogo nacional inclusivo

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Os braços juvenis dos partidos políticos defendem que a participação da juventude no Compromisso Político para um Diálogo Nacional Inclusivo é fundamental para o alcance dos consensos necessários para a pacificação do país

As organizações da sociedade civil, partidos e os seus respectivos braços juvenis juntaram-se, nesta quinta-feira, para discutir sobre o papel da juventude no Compromisso Político para um Diálogo Nacional Inclusivo.

Organizada pelo Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD), a mesa redonda serviu como uma plataforma de comunicação entre os jovens e a Comissão Técnica para o Diálogo Nacional Inclusivo (COTE), num contexto em que a estrutura deste órgão ainda está a ser formada, processo que irá culminar com a criação dos grupos de trabalho.

Mais do que exigirem a sua participação no processo do diálogo, o director-executivo do IMD, Hermenegildo Mundlovo, entende que os jovens devem desenhar os seus próprios planos de acção, que vão servir como uma luz sobre como é que nos próximos dois anos poderão contribuir para o alcance dos consensos para a pacificação do país.

Falando em representação da Comissão Técnica para o Diálogo Nacional Inclusivo, Albino Manguene alertou que, mais do que procurar caminhos para o diálogo, é preciso corrigir os erros cometidos num passado recente. Manguene considera que este processo representa um marco histórico para o país, tendo em conta que o diálogo envolve vários actores nacionais.

“O diálogo nacional inclusivo sai de uma sala fechada para uma esfera pública, até porque antes as negociações e as conversações eram feitas aconteciam numa sala fechada e como poucos actores. Agora as coisas mudaram, pois todos poderão contribuir nesse processo, incluindo os jovens”, disse Albino Manguene.

Os braços juvenis dos partidos políticos entendem que a participação da juventude neste processo é fundamental, pois têm ideias inovadoras. Para os jovens, a mesa redonda serviu como um momento de reflexão sobre a sua inclusão em todos os poderes decisórios do país e em todos os tipos de diálogos que levem a consensos para a busca de soluções para a paz.

O ministro da Juventude e Desportos, Caifadine Manasse, desafiou os jovens a fazerem parte das soluções dos vários problemas que o país enfrenta, sobretudo a paz.

O governante adverte que, ao promover-se o diálogo incluindo a juventude nas decisões e ao reconhecer-se o seu valor, cria-se um ambiente onde a destruição de bens públicos e privados deixa de ser vista como uma forma de protesto, “dando lugar a atitudes construtivas, participativas e responsáveis e que coloquem o bem comum acima dos interesses momentâneos”, explica.

A mesa redonda decorreu sob o lema “Unindo vozes de jovens para renovar compromissos nacionais”.

Fonte: O País

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