Início Economia LAM Reage a Estímulos, Accionistas Apontam Sinais de Revitalização

LAM Reage a Estímulos, Accionistas Apontam Sinais de Revitalização

0

Resumo

A Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) registou um aumento nas receitas mensais, passando de US$ 9 milhões para mais de US$ 11 milhões entre Maio e Agosto, com vendas superiores a US$ 40 milhões. Esta melhoria deve-se a medidas de eficiência e controlo, como a centralização de processos, controlo de emissão de bilhetes e cobrança rigorosa de dívidas. A companhia planeia adquirir até cinco Boeing 737-700 para expandir a frota e abrir novas rotas regionais, estabilizando as operações e melhorando a situação financeira, apesar dos desafios enfrentados.

Resumo gerado em 16/09/2025 às 10:00


Eficiência e controlo: menos dispersão, mais resultados
A viragem operacional foi suportada por medidas de controlo de emissão de bilhetes e das receitas, travagem das vendas a crédito, cobrança mais rigorosa de dívidas e centralização do processo de compras. Em paralelo, houve reforço da auditoria interna para melhorar controlos e regularizar dívidas a fornecedores críticos, incluindo a liquidação da obrigação com a IATA, factor decisivo para a normalização das operações.
No plano organizacional, a LAM centralizou o sistema integrado de gestão, substituindo 11 anteriores (sistemas dispersos), o que racionaliza recursos e reduz falhas no “procurement” e na gestão do dia-a-dia. 

Confiança do mercado: o regresso do crédito reputacional
Segundo Agostinho Langa (CFM), a companhia já cobre operações correntes e liquida dívidas a fornecedores, movimento que restabelece a reputação de cumprimento. O próprio Langa assinala que “há muitas entidades interessadas em alugar aviões da LAM”, algo impensável no passado recente — um indicador qualitativo de confiança e de reabertura de canais comerciais.

Frota e rede: cinco 737-700 na calha para acelerar a expansão regional
Para reduzir cancelamentos e elevar a fiabilidade do serviço, a LAM prevê adquirir até cinco Boeing 737-700 até à primeira quinzena de Dezembro, num processo conduzido pela consultora Knighthood Global. O reforço da frota é o pilar operacional para abrir novas rotas regionais e sustentar a trajectória de receitas acima dos US$ 11 milhões/mês

Acionistas e governação: nova arquitectura para a reestruturação
Em Maio, foi nomeado um Conselho de Administração não-executivo com representantes da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), dos Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM) e da Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE), sinalizando reforço da supervisão e da coordenação estratégica. 

A administração adverte que a reestruturação exigirá tempo e paciência, dado persistirem interesses internos e externos que procuram travar o processo. Ainda assim, o vector de curto prazo é favorável: mais controlo, melhor cobrança, racionalização de compras e reputação recuperada junto de fornecedores e parceiros, elementos que podem ancorar receitas e melhorar margens à medida que a frota se estabiliza.
Para contexto, a LAM acumula anos de constrangimentos associados a frota reduzida, subinvestimento e manutenção deficitária — o actual programa de reestruturação visa justamente virar essa página

Fonte: O Económico

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, digite seu nome aqui
Por favor digite seu comentário!

Exit mobile version